quarta-feira, 4 de junho de 2008

Juliana

Juliana lia perto da hora do chá aquele livro que a fazia transportar para outro tempo, para outra página, para um enredo que queria fazer seu mas que teimava em lhe fugir


Do papel do livro, soltavam-se as sonatas de Borodine e sentia-se Giselle no meio da neve da folha seca de onde desapareciam, por instantes, as palavras


O seu amado ressurgiria do nada, qual personagem escondida entre dois capítulos, e roubar-lhe-ia um beijo sentido no fim da dança das horas, perto da hora do chá que tardava em não arrefecer...

2 comentários:

  1. Gostei desta Juliana.
    Continue a fazer histórias assim...

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  2. Lindo de morrer e de chorar por mais.
    Sou, por vezes, essa Juliana, recatada mas apaixonada pelo homem errado...

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