quinta-feira, 24 de julho de 2008

Nojo 2.


Agora sou eu que devo falar em nojo.
Vejo julgamentos em programas televisivos de duvidosa idoneidade (de santas fátimas ou júlias de caruncho, presidentes camarários - onde irá aquele homem buscar tempo para tanta aparição pública, face ao trabalho que terá na edilidade em causa? - armados ao pingarelho e em investigadores criminais), ouço certezas ditas com os maiores dos despudores, vislumbro na TV "ex-tudo" a reclamar, por fim, momentos de fama nacional, honras de abertura de noticiários e vendas chorudas de livros(?), tudo em nome de crianças... desaparecidas ou divididas entre afectos e sangues.


Quero emigrar, ok?

6 comentários:

  1. OK., OK., OK., Já somos dois, mas felizmente para mim, eu vou já em Setembro outra vez, se Deus quiser. E o nojo que sinto não te fica atrás. Uma vergonha, um despudor, uma vampirice...
    Um abraço da Avó Pirueta

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  2. César, se você quer emigrar, o cidadão comum, provavelmente, atira-se ao mar!

    Como cidadão, sinto-me feliz pela Justiça, não se fazer nem na praça pública nem na televisão.

    Ouvir o Moita “Sherlock Holmes” Flores falar, torna irresponsável toda a PJ, como se depois dele, ninguém tenha capacidade para fazer investigação criminal.

    Como cidadão e treinador de bancada, também tenho opinião sobre a Justiça portuguesa. A pior coisa que podia ter acontecido à Justiça portuguesa, aconteceu, à custa de processos mediáticos, tais como, o processo Moderna, a Casa Pia, o Apito Dourado, etc., onde magistrados sem medo e polícias determinados, trataram os suspeitos - a elite social, política, desportiva -, apenas como cidadãos comuns e de acordo com a lei, em vez da deferência usual, em que todo o processo acabava na gaveta do arquivo.

    A mediatização dos grandes processos, com advogados, polícias e ex.polícias, a dar opinião na televisão, por tudo e por nada, acaba por fazer mossa e muito grande, no pensamento dos portugueses, acerca do exercício da Justiça em Portugal.

    Culpar o sistema de justiça, juízes, procuradores, polícia judiciária, advogados – apesar do Bastonário da Ordem, querer incendiar o edifício - é a solução mais fácil, no entanto, naquilo que compreendo, a irresponsabilidade de governantes e maus legisladores, é que deve ser apontada a dedo, muito especialmente, com a mudança da lei do Processo Penal, que parece ter sido feito a preceito, de alguns destes processos mediáticos.
    A ver vamos!
    Um abraço

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  3. Alguém aqui conhece a verdadeira diarreia legislativa que sai todos os dias do ME?
    Diacho de gente incompetente que mais valia estar quieta!
    E já somos três, César.

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  4. Também no mesmo "desconforto" - é que me fazem sentir desconfortável, todos estes novos e "respeitadíssimos" arautos da demagogia, do facilitismo, da emoção barata, do puro "terrorismo obscurantista". Não é que se pretende que todos os outros são "inadaptados", ou snobs ou elitistas arrogantes?
    Também emigrava e por isso estou a tornar-me iberista.

    Bj.
    C(EN)

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  5. Mas emigrar para onde???
    Tudo não começou lá fora??? os julgamentos em directo??? as crianças vilipendiadas a serem usadas pelos média como armas de atracção de audiência nas televisões??? ou actos da Justiça a serem usados como modos de vendas de livros???
    O que tem de fazer é esperar que passe, e no entretanto se puder faça alguma coisa.
    Indignado sim, pode estar, e na sua profissão se puder evitar algum destes males evite.

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