quarta-feira, 16 de julho de 2008

O Guardião do Tempo.


O Guardião do Tempo. Escultura. Karin Somers.





O corpo mumificado, ressequido.
Pelo abandono austero
aos elementos multimilenares.


A Armadura coagulada nas asas de musgo.
Musgo velho de asas infinitas,
infinitamente embrulhadas
nas areias que contam o tempo.


Em ti Guardião o que é Tempo?
Em ti Tempo o que é Guardião?


O Tempo evoca memórias recortadas,
poeiras estelares,
arquivos submersos,
mapas nús,
ampulhetas sem fim.


O Guardião evoca o sonho,
a alma assombrada,
a inocência ferida,
a humanidade manchada,
o espírito dilacerado...


A esperança redentora.

3 comentários:

  1. Passiflora:

    Presenteia-nos com um Magnífico texto, em sintonia com a Sublime escultura de Karin Somers.

    Belos presentes, estes.

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  2. Hoje aprendi que a cada post pode corresponder uma outra entidade.Desculpe

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  3. Sim, Clap, quando o blogue tem vários colaboradores.
    Não é o caso do teu. Não é o caso do meu. Mas é o caso deste que tem três colaboradores distintos.
    Ai o que o menino está a aprender!!! Ainda vai chegar a professor titular!
    Quanto à poesia e à escultura... soberbas.

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