segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Rosinha, minha canoa...


Não te queria quebrada pelos quatro elementos.
Nem apanhada apenas pelo tacto;
ou no aroma;
ou pela carne ouvida, aos trabalhos das luas
na funda malha de água.
Ou ver-te entre os braços a operação de uma estrela.
Nem que só a falcoaria me escurecesse como um golpe,
trêmulo alimento entre roupa
alta,
nas camas.
(...)
Herberto Helder, Nome do mundo (Diadema)
À minha Amiga R., porque o maldito bicho será vencido...

3 comentários:

  1. Pois vai, R.!
    Um beijinho de uma outra R.

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  2. Maravilhosa foto e texto. Dá vontade de afundar na malha da água e respirar o mundo num golpe.

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  3. A fotografia e o texto são lindíssimos. Com uma força que impressiona.
    R., estou próxima de si no alfabeto (sou S.) e, também, nos desejos que o César expressou.
    Um beijinho
    F.S.

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