
Uma rajada de vento quebrou
a haste do gladíolo vermelho.
Tombado junto à cerca de arameé como um braço vencido por um súbito cansaço.
Em volta a paisagem observa
o seu próprio esplendor verde depois da chuva.
A flor vermelha esmorece
sob a intensidade do sol
e o caule extingue-se de volta à terra.
Sabemos vagamente como tudo isto acontece,
ébrios de identidade e permanência:
em poucos dias completar-se-á a dissolução.
Mas lenta é a morte
por dentro deste fim que acabaremos por esquecer.
J.G. (poeta argentino)
Esta noite uma outra flor rubra amanheceu...
Para nunca mais morrer...
Belo poema.
ResponderEliminarQue nunca morram as flores que desabrocham pela noite.
que nunca morra a liberdade
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