terça-feira, 14 de junho de 2011

Saltimbancos




Acenderam a luz dentro da casa

E as árvores tomaram vida humana.



Passado o muro, para além dos campos,

Ressoou o tambor dos saltimbancos.



Corpo de escamas como o de um peixe

Nas águas da noite cheias de correntes



Tem dois búzios do mar sobre os ouvidos,

Ouve, só para si, uma canção.





Sophia

3 comentários:

  1. Este poema que vou transcrever de Sophia de Mello B .
    dedico-o aos meus queridos PAULO e GUI depois de o lerem vão perceber porquê...
    Beijinhos!
    Assim pudesse o poema
    Como a pedra esculpida
    Do pórtico antigo
    Ter em si própria a mesma
    compacta alegria
    cereal claridade

    Ante o voo da ave
    do espirito que ergue
    os pilares da Nave
    (In Ilhas)

    Obrigada por serem tão meus amigos e tanto me ajudarem mesmo por vezes não o sabendo.

    Tenho nome de Flor

    ResponderEliminar
  2. que fotografia fantástica. P.
    Bj grato por tudo...

    ResponderEliminar
  3. ...e o voo das aves tornou-se mais próximo de nós...

    Para sempre, Flor.
    OBG

    ResponderEliminar