terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Das palavras

As palavras mais simples
foram as que te dei;
o amor não sabe outras,
só estas fazem lei.
As palavras de uso
mais comum e vulgar
são as que amor conhece.
Com elas nos pensamos;
é nelas que tememos
desacertos, enganos;
se nelas triunfamos,
já delas nos perdemos.
Com palavras vulgares
se diz o mal de amor,
seu riso, seu espelho,
o que fica da dor.
E todos os mistérios
que se fazem promessa
e se perdem nos versos
e dos corpos nasceram
são aqui cerimónia
evidente e secreta
nas mais simples palavras
que conhece o poeta. 


Luis Filipe Castro Mendes, in "Os Amantes Obscuros"

1 comentário:

  1. Num qualquer dia,
    Num qualquer lugar.
    Numa qualquer hora.
    Num qualquer instante!
    Um dia...
    talvez,
    Quem sabe?
    Esta magia cresça !.mais do que agora
    É que agora somos mais do que AMIGOS mas não somos AMANTES....


    Tenho nome de Flor

    ResponderEliminar