Ela tocou no âmago da madrugada e fez breu da luzViu que as pombas inquietas não a assustavam
Fez cair uma pena sobre os caracóis revoltos da sua auréola
E voltou-se de costas para o fotógrafo da vida...
Soprava o gosto amargo do deus maior
E ela queria fazer-se erma e dura
embalando uma sinfonia de duas cordas
em busca de um sol menor.
Cristalina.
Impávida.
Insalubre.
Redonda como o vocábulo que cultivava no som do seu semblante.
Cristina.
Crisálida.
Crina derradeira e prazenteira.
Suave milagre em águas felizes
Perto do monte, volta e meia voltada para a silhueta da muralha de Óbidos.
Ali, por entre sementes do oeste,
recebeu os outros pássaros do norte e do sul,
deu-lhes de beber,
preparou-lhes a merenda
E... descansou no terceiro dia.
Só, então, só, pegou no violino e tocou.
Beleza. Parabéns ao César e à Cristalina....
ResponderEliminarCésar,
ResponderEliminarGrata ( emocionadamente ) por este "afago" e mimo de fim de dia...
Já se sente a energia do voo suave dos pássaros do norte e do sul, aqui, do lado de cá da muralha de Òbidos .
Bj.
C (EN)
Apesar de tudo, presente...daqui a um instante de pombas menos inquietas.
ResponderEliminarBj.
C (EN)
Um belo afago. Hoje, mais que nunca, necessário. Obrigado.
ResponderEliminarA todos...ao Cesar pelo post, à Passi pela presença, e à nossa querida amiga C (EN)....pela disponibilidade, compreensão e serenidade....um beijo. Gui (em alto mar...)
Dizia o outro ( o temido O.C.) algo assim: "Ó tocadora de harpa pudesse eu beijar teu gesto sem beijar tuas mãos"...lembram-se disto ? eu lembrei-me agora...pelo sublime do post e da homenagem prestada a uma tocadora de harpa única...C.
ResponderEliminarA Kiss, Gui ( eu sei que tu sabes que eu sei que não mereço).
ResponderEliminarBj.
C(EN)