
Eu sou esse pedaço de mar.
Eu sou essa água que desce às profundezas,
das sombras milenares.
Sempre estive aí, adormecida.
A prolongar os enigmas, dos rochedos
aveludados de verdes plumas.
A envolver-me nas geadas das vagas luminosas.
A ouvir as vozes das águas.
E quando uma ilha brilhou ao longe parti
à procura do luar salgado.
Quando cheguei o mar sabia a saudade.
A barca estava desolada e coberta de limos.
A lua já tinha ido visitar outro sonho.
Perdida fiquei no pórtico das horas.
Adivinhando uma eternidade silenciosa.
Lindo! Lindo!
ResponderEliminarLinda a foto. Lindo o texto.
Parabéns.
A fotografia - além do mais, é claro - é uma coisa lindíssima, fabulosa.
ResponderEliminarArrepiantes "O pórtico das horas" e a "Barca de Águas Felizes".
ResponderEliminarSaudades
F.S.
Linda foto Passi. Lindo texto.
ResponderEliminarAté breve D.
O texto está lindo. A fotografia sublime. Quem é o autor?
ResponderEliminarBoa combinação.
ResponderEliminarToda a gente já se referiu à beleza da fotografia.
Amarante até parece bonita. Esta última parte é provocação.
Uma beijola.
Amarante é bonita. Não parece que é. Claro que me estou a referir ao centro histórico porque os arrabaldes estão feitos num oito, ou num caco, se preferirem.
ResponderEliminarE ainda quero saber a autoria da fotografia.
Bjs
Alguns arrabaldes estão feitos nun caco. O meu arrabalde é muito bonito e invulgar, e digno de ser visto.
ResponderEliminarA foto não é minha. Mas o seu autor permitiu-me o acesso.
Acredito, Passiflora, que o seu arrabalde seja excepção. Também considero o meu arrabalde da Barca uma excepção. E haverá outras excepções. Mas não passam disso mesmo, excepções.
ResponderEliminarOra no centro acontece exactamente o contrário e as excepções são, felizmente, as aberrações.