sábado, 30 de abril de 2011

O baloiço do avô






O avô, dono da figueira

de uma cama fez um banco

de namorar o carinho dos netos.

Com a outra parte da cama

fez um baloiço de prender

a admiração deles

e ganhou o seu amor ao

baloiçá-los na figueira.


Pés no céu pés na terra!

Tudo roda no baloiço!


Nas tardes de Verão

o avô os netos e os gatos

de olhos de vidro

comiam figos sentados

na sombra do baloiço

fazendo alianças com

cordéis de carinho


Pés na terra pés no céu!

Tudo roda no baloiço!


PM

7 comentários:

  1. Thank you. I´m at home!
    As férias, o nosso imenso tabalho e a Páscoa deixaram-me fora uns dias...

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  2. Era uma vez… uma avó que levava os netos a andar de baloiço… quem sabe em busca de uma infância perdida nos meandros de uma vida que a ensinou a ser uma menina como se deve ser e não a deixou ser criança nem a ensinou a crescer
    Era uma vez outra avó que se derretia nos olhares dos netos e brincava com eles ao “faz de conta”, imitando barulhos de automóveis a sair de garagens e deixando-os trepar por ela, árvore de afecto que se enraizou neles…
    Era uma vez um dia da mãe muito importante e muito bom, que não podemos esquecer, porque estejam onde estiverem estas mães que sempre deram todo o amor, têm o nosso sorriso a transbordar… talvez de dor, mas também de todo o amor

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  3. O meu baloiço!

    Também tive um lindo baloiço no quintal da Casa Grande junto da Cameleira.

    O meu alindou a madeira, com a leveza das brumas, colocou umas estacas comprou as cordas e pintou-o com as cores da sua menina cor de rosa, verde e violeta.
    Todos os dias, ao fim da tarde brincava , cantava e transpirava com o entrançar da luz e da sombra nas cordas do meu baloiço.
    É uma imagem muito forte da minha infância!
    Era só meu até nascer a Dininha ...
    Não gostei nada de ser tia aos 6 anos.
    Muito menos de ter de com ela partilhar o meu precioso baloiço.
    Ainda hoje preciso de me lembrar dele muitas vezes O seu lugar majestoso ainda existe agora com um escorrega amarelo.
    Senti alguma pena quando vi que estava a ficar velho!
    Retirei-o com a ajuda do meu marido e guardei-o junto dos outros brinquedos .Está com a Cuca, com a casinha de madeira e a caminha das bonecas no sótão da Casa Grande.
    Tão badalão , cabeça de cão ...
    Roda acima, vai para baixo .
    Paizinho, Mamã, Manos aqui vou Eu.

    É bom ir ao baú das memórias ...
    Recordar a meninice...
    Ver-me novamente na Casa Grande onde não entro vai para 15 anos!
    Saudades vossas meus queridos
    Foram os melhores!
    Estão por aqui eu sei a cuidar de mim

    Tenho nome de Flor

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  4. Quem me fez o baloiço foi o MEU QUERIDO PAI
    Tenho nome de Flor

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  5. Lindíssima, a intermitência poética...

    Bj.
    C(en)

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  6. Querida Cris, quanta saudade!
    Gostei que tenhas gostada da estesia...
    BJS.

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