No sorriso louco das mães batem as leves
gotas de chuva. Nas amadas
caras loucas batem e batemos dedos amarelos das candeias.
Que balouçam. Que são puras.
gotas de chuva. Nas amadas
caras loucas batem e batemos dedos amarelos das candeias.
Que balouçam. Que são puras.
Gotas e candeias puras.
E as mães
aproximam-se soprando os dedos frios.
Seu corpo move-se
pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões
e orgãos mergulhados,
e as calmas mães intrínsecas sentam-se
nas cabeças filiais.
Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado,
vendo tudo,e queimando as imagens, alimentando as imagens,
enquanto o amor é cada vez mais forte.
aproximam-se soprando os dedos frios.
Seu corpo move-se
pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões
e orgãos mergulhados,
e as calmas mães intrínsecas sentam-se
nas cabeças filiais.
Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado,
vendo tudo,e queimando as imagens, alimentando as imagens,
enquanto o amor é cada vez mais forte.
E bate-lhes nas caras, o amor leve.
O amor feroz.
E as mães são cada vez mais belas.
Pensam os filhos que elas levitam.
Flores violentas batem nas suas pálpebras.
Elas respiram ao alto e em baixo.
São silenciosas.
E a sua cara está no meio das gotas particulares
da chuva,em volta das candeias.
No contínuo escorrer dos filhos.
(...)
Helberto Helder
E as mães são cada vez mais belas.
Pensam os filhos que elas levitam.
Flores violentas batem nas suas pálpebras.
Elas respiram ao alto e em baixo.
São silenciosas.
E a sua cara está no meio das gotas particulares
da chuva,em volta das candeias.
No contínuo escorrer dos filhos.
(...)
Helberto Helder