sexta-feira, 31 de outubro de 2008

No dia dos 46

...e interrogo-me qual será o olho-espelho que nos devolve a imagem mais exacta que temos de nós próprios?

No dia em que a Carmen Maré faz anos...




As marés estão hoje mais despertas.
Ela é uma queda de água, de coração assumido,
um tango a horas mortas,
uma gota vermelha num mar de escorpiões.
Sinto-a viva, inquieta, vibrante,
rodeada de pedras rolantes mas firmes, de maracujás maduros e sumarentos...
Este é o seu natal.

Para ti, Passiflora, a benevolência do tempo e a argúcia das águias...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Quando a cabeça não tem juízo...


Este jogo japonês vai mostrar se o seu cérebro é mais jovem ou mais velho que o resto do seu corpo!

Como jogar:

1. Tecle 'start'

2. Aguarde pelo 3, 2, 1.

3. Memorize a posição dos números e clique nos círculos, sempre do menor para o maior número.

Nota: Comece com o ZERO se ele estiver presente.

4. No final do jogo, após várias jogadas, o computador vai dizer a idade do seu cérebro!!!


Boa Sorte!

Clique:

http://flashfabrica.com/f_learning/brain/brain.html

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Blue its also beautifull2




Once again...no comments.

Blue its also beautifull






And no comments.

Miss Sarajevo



Em tempo de caos bélico, também se lavam almas e penteiam-se cabelos, com sopros de pó de arroz e batons cor de fogo.
Dos U2 na voz - única - de George Michael.
Porque beleza é fundamental...

Black is beautiful





E viva o Obama...embora uma coisa não esteja dependente da outra.

Cinema Paraíso




Para quem respira cinema...
http://www.65anosdecinema.pro.br/index.htm


É lenta a morte...

Dia Mundial do AVC (Acidente Vascular Cerebral) - não duvidemos que os doentes, vítimas destes ataques, só podem adoecer em Coimbra, Lisboa e Porto...
Porque no resto...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Um Presidente em bicos de pés






Crescer não é sempre opcional, afinal!

O tempo, esse grande escultor...


No primeiro dia de aula, nosso professor se apresentou aos alunos, e nos desafiou a que nos apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda. Eu fiquei em pé para olhar ao redor quando uma mão suave tocou meu ombro. Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, sorrindo radiante para mim, com um sorriso que iluminava todo o seu ser.
Ela disse:
- Hei, bonitão. Meu nome é Rosa. Eu tenho oitenta e sete anos de idade. Posso te dar um abraço?
Eu ri, e respondi entusiasticamente:
- É claro que pode! - e ela me deu um gigantesco apertão.
- Por que você está na faculdade em tão tenra e inocente idade? - perguntei.
Ela respondeu brincalhona:
- Estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então me aposentar e viajar.
- Está brincando - eu disse.
Eu estava curioso em saber o que a havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse:
- Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou tendo um!
Após a aula nós caminhamos para o prédio da união dos estudantes, e dividimos um "milkshake" de chocolate. Nos tornamos amigos instantaneamente.
Todos os dias nos próximos três meses nós teríamos aula juntos e falaríamos sem parar.
Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela "máquina do tempo" compartilhar sua experiência e sabedoria comigo.
No decurso de um ano, Rosa tornou-se um ícone no campus universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse.
Ela adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes. Ela estava curtindo a vida!
No fim do semestre nós convidamos Rosa para falar no nosso banquete de futebol.
Jamais esquecerei do que ela nos ensinou. Ela foi apresentada e se aproximou do pódio. Quando ela começou a ler a sua fala preparada, deixou cair três das cinco folhas no chão.
Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou o microfone e disse simplesmente:
- Desculpe-me, eu estou tão nervosa! Parei de beber por causa da Quaresma, e este uísque está me matando! Eu nunca conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então me deixe apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei.
Enquanto nós ríamos, ela limpou sua garganta e começou:
- Nós não paramos de amar porque ficamos velhos; nós nos tornamos velhos porque paramos de amar. Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguindo sucesso. Você precisa rir e encontrar humor em cada dia. Você precisa ter um sonho. Quando você perde seus sonhos, você morre. Nós temos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam! Há uma enorme diferença entre ficar velho e crescer.
Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, você ficará com vinte anos. Se eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos. Qualquer um consegue ficar mais velho. Isso não exige talento nem habilidade. A idéia é crescer através de sempre encontrar oportunidade na novidade. Isto não precisa nenhum talento ou habilidade. A idéia é crescer sempre encontrando a oportunidade de mudar. Não tenha remorsos. Os velhos geralmente não arrependem daquilo que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer. As únicas pessoas que tem medo da morte são aquelas que tem remorsos.
Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente "A Rosa".
Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária. No fim do ano Rosa terminou o último ano da faculdade que começou há todos aqueles anos atrás.
Uma semana depois da formatura, Rosa morreu tranqüilamente em seu sono.
Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, através de exemplo, que nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode provavelmente ser.
(autor brasileiro)


De facto, "Ficar velho é obrigatório, crescer é opcional".

domingo, 26 de outubro de 2008

Reunião e Renovação

Reunimo-nos, porque tínhamos vontade de nos confrontar com o passado, perspectivando o presente e o futuro.
Alegramo-nos porque nos reconhecemos e os nossos filhos entederam-se, como sempre se tivessem conhecido.
A Eva, foi tia deles todos, e o seu sorriso continua doce e desprotegido.
Houve muita partilha e ninguém quis parecer o que não era.
As mães, mais plenas e cheias, quiseram proteger a Eva, para ela se fortalecer na sua alegria.
A Sininho e a Carmen só confirmaram o que já desconfiavam, tornaram-se parecidas!
O tempo passou a voar e todos trouxemos asas novas para casa.
Novas reuniões se farão, porque agora são muitos a desejá-las!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Noite de aromas




Era a tarde mais longa de todas as tardes
que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas,
tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca,
tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste
na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos
no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos
ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste
o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite,
para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites
que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas
e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos
cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite
uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite
nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites
que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite
amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem,
vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura,
se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo
e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste
dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste
despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem
se quer tanto!

Ary dos Santos

Excelência ou Felicidade?


'Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os> > exemplos que vejo em volta> > > não aconselham temeridades. Hordas de amigos> > constituem as respectivas> > > proles e, apesar da benesse, não levam vidas> > descansadas. Pelo> > > contrário: estão invariavelmente mergulhados numa> > angústia e numa> > > ansiedade de contornos particularmente patológicos.> > Percebo porquê. Há> > > cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da> > posição social e da> > > fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não> > numa família mas numa> > > pista de atletismo, com as barreiras da praxe:> > jardim-escola aos três,> > > natação aos quatro, lições de piano aos cinco,> > escola aos seis, e um> > > exército de professores, explicadores, educadores e> > psicólogos, como se> > > a criança fosse um potro de competição.> > >> > > Eis a ideologia criminosa que se instalou> > definitivamente nas sociedades> > > modernas: a vida não é para ser vivida - mas> > construída com sucessos> > > pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em> > progressão geométrica> > > para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa> > de sonho, o> > > maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de> > sonho, os> > > restaurantes de sonho.> > >> > > Não admira que, até 2020, um terço da população> > mundial esteja a mamar> > > forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do> > burro: quanto mais> > > temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais> > desesperamos. A> > > meritocracia gera uma insatisfação insaciável que> > acabará por arrasar o> > > mais leve traço de humanidade. O que não deixa de> > ser uma lástima.> > >> > > Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo> > Montaigne,> > > saberiam que o fim último da vida não é a> > excelência, mas sim a> > > felicidade!"


PEREIRA COUTINHO, lido algures...
(as setas são propositadas - demontram que o caminho é sempre para a frente, rumo ao sucesso, a qualquer preço...)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Futebol



Equivalencia Escolar ao 9º Ano ( futebol )



Inacreditável!!!

Na ânsia louca de mostrar ao mundo que conseguiu transformar um país de analfas num país de letrados, eis o que Sócrates está a fazer a Portugal.Curso de equivalência ao 9º Ano de Escolaridade como 'Jogador(a) de Futebol'
Qual Matemáticas, qual quê? Ciências e Línguas?! Bora lá mas é mandar uns bicos na bola, que a seguir é completar equivalência ao 12º Ano como degustador de cerveja...Sem palavras...

Ora assim é que é....
Que valia tudo eu já sabia, mas....
Já agora...e os cursos de cabeleireira, maquilhadora, massagista e quejandos? tem tudo a ver.
Já viram aquela publicidade a uma operadora de telemóveis em que aparecem jogadores da selecção (maxime o inefável Sabrosa) a ser maquilhado, pintado (sobrancelhas, ponto na cara, olhos e etc) já equipados e antes de entrarem em jogo? é que tem tudo a ver.
Tal como as "meninas" que a Liga resolveu colocar no campo no inicio dos jogos a segurar bandeiras e a bola....(não falo das imitações de cheerleaders- não sei se é assim que se escreve- que alguns clubes andam a fazer dos americanos, coitados dos clubes) falo dos jogos da Liga mesmo. Futebol ? vou ali e já venho...já agora ponham as meninas da minisaia a jogar e a saltar pelo campo fora. Não haverá apito (dourado, prateado ou acobreado que valha). Os meninos já lá estão (os pseudo jogadores) para atrair as "gajas" aos campos....alguém pensa que elas vão lá pelo futebol ?
Uma pobreza...
É assim...e temos que ir rindo, para não chorar.
Tudo muda, e o futebol, entregue a Madaíl e comandita está o que se vê, por cá e lá fora. Tudo se resume a pernas, cus, cabelos, e cremes hidratantes. Ou ás moças que andam em redor. Não bastasse a boçalidade dos jogadores, ainda se leva com a tontice das meninas (lindas, mas tontinhas até dizer basta...parece que nunca tiveram uma mãe que lhes dissesse como se comnportarem).

Passa tempo



É o tempo, sim senhor...
Porque sabe passar
E eu não sei...

À minha Granny Emily Lucy



Já chegando o entardecer,
Eis que grata surpresa.
Uma vida pequenina
Pedaços de um viver.
Parece que foi tirado o molde
De um velho retrato.

Contornos iguais,
Diferenças sutis.
Da infância, volta a festa,
Folguedos, felicidade!
Se finita é a existência,
Não importa.
De agora será medida,
Por sorrisos e abraços,
Palavras a balbuciar.

Instantes furtados àqueles que um dia,
Já distante, foram nossos.

Se pais agora, não liguem.
Deixem que este afeto,
Por tempo adormecido, renasça
Em sentimento maior.

Assim somos nós: os avós

(autor brasileiro)

Em seu dia de Natal, à minha querida granny, por (também) me ter ensinado a nadar e a tocar sonatas de Bach no seu velho piano...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Senhoras Donas, por favor...


Cada país (cada língua, cada cultura) tem a sua maneira específica de se dirigir às pessoas. Mal passamos Vilar Formoso, logo toda a gente se trata por tu, que os espanhóis não são de etiquetas nem de salamaleques.
Mas nós não somos espanhóis.
Também não somos mexicanos, que se tratam por "Licenciado" Fulano. Nem alinhamos com os brasileiros, para quem toda a gente é "Doutor", seguido do nome próprio: Doutor Pedro, Doutor António, Doutor Wanderlei, etc..
Por cá, Doutor é seguido de apelido, e as mulheres, depois de passarem por aqueles brevíssimos segundos em que são tratadas por "Menina", passam de imediato-- sejam casadas, solteiras, viúvas ou amigadas, sejam velhas ou novas, gordas ou magras, feias ou bonitas, ricas ou pobres -à categoria de "Senhora Dona".
Mas parece que uns estranhos ventos sopraram pelas cabeças das gerações mais novas que fizeram o "dona" ir pelos ares ou ficar no tinteiro. Quando recebo daqueles telefonemas que me querem impingir tudo o que se inventou à face da terra-- desde "produtos" bancários que me garantem vida farta, até prémios que supostamente ganhei por coisas a que nunca concorri-sou logo tratada por "Senhora Alice." Respondo sempre: " trate-me por tu, se quiser; ou só pelo meu nome, se lhe apetecer; mas nunca por Senhora Alice".
Mas o cérebro destes pobrezinhos não foi formatado para encontrar resposta a estas coisas, e exclamam logo: "ah, então não é a Senhora Alice que está ao telefone!"
Eu sei que isto não é uma coisa importante, mas que é que querem, irrita-me quando oiço este tratamento dado às mulheres.
Tal como me irrita quando vejo/oiço um jornalista tratar por você alguém com o dobro da idade dele.
É uma questão de delicadeza. De respeito. E de saber falar português. Três coisas-admito-completamente fora de moda.
Pois qual não é o meu espanto quando, aqui há dias, na televisão, oiço o Senhor Primeiro Ministro referir-se assim à mulher (também odeio a palavra "esposa"…) do Comendador Manuel Violas. "A Senhora Celeste…." (não sei se é este o nome da senhora, mas adiante).
Fico parva. Nos cursos todos que tirou, ninguém lhe ensinou que as senhoras são todas "Senhoras Donas"?
Parafraseando livremente o nosso Augusto Gil, "que quem trabalha num call-center nos faça sofrer tormentos… enfim!/ Mas o Primeiro Ministro, Senhor? Por que nos dás esta dor? Por que padecemos assim?"

Alice Vieira

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O essencial é ter o vento


O essencial é ter o vento.
Compra-o; compra-o depressa,
A qualquer preço.
Dá por ele um princípio, uma ideia,
Uma dúzia ou mesmo dúzia e meia
Dos teus melhores amigos, mas compra-o.
Outros, menos sagazes
E mais convencionais,
Te dirão que o preciso, o urgente,
É ser o jogador mais influente
Dum trust de petróleo ou de carvão.
Eu não:
O essencial é ter o vento.
E agora que o Outono se insinua
No cadáver das folhas
Que atapeta a rua
E o grande vento afina a voz
Para requiem do Verão,
A baixa é certa.
Compra-o; mas compra-o todo,
De modo
Que não fique sopro ou brisa
Nas mãos de um concorrente
Incompetente.

Reinaldo Ferreira , "Poemas" Livro I - Um Voo Cego a Nada

domingo, 19 de outubro de 2008

A vida muito rápida


Como, por vezes, deve, e tem que ser vivida.
Certas pessoas fazem realidade aquilo que parece apenas um aforismo.
Paz para o Guillaume, para a sua atormentada alma.

Judith Cortesão


Judith Cortesão (filha de Jaime Cortesão) morreu em Genebra em 2007.
Eu, confesso, nada sabia da senhora até hoje.
Não fiquei com dúvida nenhuma que merece uma homenagem.
Agradeço ao caro Manuel António Pina a apresentação.
Transcrevo uma parte do texto dele, publicado na sua crónica na "Noticias Magazine".
«Cidadã de ideias mais do que de países, professora, médica, ecologista, escritora, Judith Cortesão tinha seis diplomas universitários - Medicina, Letras, Biologia, Antropologia, Biblioteconomia e Climatologia - e falava 14 línguas, incluindo chinês e árabe. Leccionou em universidades de 16 países. Integrou várias comissões da UNESCO, e as da ONU sobre Poluição Marinha de Origem Terrestre, no Quénia, e do Património da Humanidade, no Canadá; representou, além do Brasil, o Peru, o Uruguai e a Inglaterra em congressos internacionais de Medicina, Literatura e Educação.Já com setenta anos, ainda participou em duas expedições à Antárctida. Tinha condecorações da NASA e do governo brasileiro. No Brasil há uma Casa Judith Cortesão dos Povos de Língua Portuguesa. Portugal sempre foi pequeno de mais, e ocupado de mais com outra gente, para se lembrar de pessoas como ela».
Não sei se, além de saberem quem foi, conheciam estes factos. Eu não.
O país também não, estou em crêr, pelo menos a maioria em que nos integramos.
Porque, de facto, os nossos "famosos" são aqueles seres (simpáticos a maioria, sem dúvida)ignorantes e inúteis que os meios de comunicação insistem em nos fornecer à exaustão com a desculpa que é sobre eles e sobre a sua vidinha que estamos interessados. Portugal, nãos sendo único, tem uma galeria da "Fama" muito medíocre e patética. Nem um quadradinho guardam para personalidades como esta.
Agradeço ao Manuel António Pina ter posto termo a esta fatia da minha ignorância, e ter-me dado mais um motivo para questionar, e criticar, a grelha de valores e adulações que nos são impostas, quase sem alternativa.

Center of the Lagoon Nebula.


sábado, 18 de outubro de 2008

As horas



O relógio de Praga marca a hora dourada do nosso desencontro.
E o reflexo do teu brilho - contraste da tua sombra - paira sobre o meu espectro.
Jogo de espelhos.
Jogo de tempos.
Para que conste.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Enquanto uma destas crianças morrer à fome toda a Humanidade é faminta.





Chão de estrelas



O chão que piso é feito também de estrelas.
As mesmas que tombam do céu e que de lá são rejeitadas por brilharem demais...
Fico com os restos do Infinito.
Porque, apesar do breu que me traz a noite,
são nela que as estrelas melhor se sentem...

Crise? Qual crise?




quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A passadeira do silêncio

"Ao entardecer cessou o vento arenoso do deserto e o velho Mediterrâneo uniu o seu cheiro salobro ao aroma subtil das magnólias..."
Assim reza o início do 1º conto do novo livro-poema de Luís Sepúlveda, A Lâmpada de Aladino

A evolução da (nossa) espécie


A Era Magalhães (depois de passar tantos outros estreitos, estamos bem mais largos de horizontes...)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O Horror





O Horror tem tantas formas humanas...
Não falo de filmes...
Falo de formas humanas que nos deixam estupefactos com o grau de imbecilidade e de ignorância, e de estupidificação global, a que chegamos.
Estes são apenas um, dos imensos, exemplos de inutilidade e "estupidez imediata" possiveis de apontar.
Mas, aqui, há lugar para tudo...e todos.
Mais que não seja para falar mal.
Sempre diverte.