segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

My granny

Foi em Leiria que o mundo a viu partir para a nuvem 9 onde, do Alto, me vigia e consola.
No passado dia 12.
Sem apelo nem agravo.
E sem aviso.
Eu sei que tinha 90 primaveras, mais Verões (que era a sua estação predilecta).
Mas estava bem e recomendava-se, saída todos os dias para o seu café, para a sua malha de anos, para o seu livro de cabeceira, para a sua sonata de piano (porque tocava Brahms)...
O Supremo Ser quis levá-la. E após um calvário de 14 dias num hospital de horrores, partiu e ainda teve tempo para me dedicar um último olhar, 24 horas antes da partida.
Ela, que me ensinou a falar inglês, a tocar piano, a nadar e a soletrar cantilenas americanas (nasceu na terra do tio Sam).
Ela que me dizia que todos os meus desenhos eram Picassos e que todas as minhas redacções eram Hemingways...
Ela que tinha um feitio de irlandesa, escorpiã com muito orgulho,
era uma das minhas heroínas de vida.
É dela que sinto saudades de mil cidades sem nome,
é para ela que elevo a minha voz e o meu olhar, 10 dias após ter embarcado rumo à pousada da sexta felicidade.
Consigo falar dela. Agora.
A custo.
Mas com a certeza de que, se ouvirem um bramido de Beethoven no ar, pelos lados do Lis e do Lena, é ela que certamente me dedica a sua última tocata em amor maior.

Era e é a minha avó, granny de nome próprio.
Chamava-se Amélia...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O preto não me fica bem


A minha alma ainda está negra.
Defronte ao mar, caiu-me uma raiz de espanto.
E morro de saudades.

Em breve, voltarei...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Adição sexual???!!!!????!!!!????!!!!

Será que o queimam vivo?
Sim, ao Tiger Woods?
Mudamos de época sem ninguém dar por isso?
Ou é simplesmente a América no seu pior? A hipocrisia!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

palavras falsas...falsas ilusões


"- Eu agora estou tendo uma perspectiva bem mais holística da vida, minha filha. Fiz um Botox, sim, dei uma remoçada, e isso me ajudou a me olhar no espelho e encontrar esse meu novo eu, integral, está entendendo?
É uma voz velha de mulher. Ainda não existe Botox para as rugas da voz. Uma voz velha como um facto, maquilhada de juventude. No tempo de Vieira não havia a palavra «holística» e mesmo que houvesse, ele nunca a usaria. Não usava palavras falsas, de papel de lustro, de encandear papalvos. Não precisava do «paradigma» nem dos «protocolos mediáticos» nem da «análise do contexto». Não precisava de «deslocamentos» nem de se «situar»..."


Inês Pedrosa
A Eternidade e o Desejo
Dom Quixote

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O papel principal


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Trato sucessivo


PEDIDO DE EMPRÉSTIMO


Um advogado de Nova Orleães pediu um empréstimo em nome de um cliente que perdera sua casa aquando do furacão Katrina e queria reconstruí-la.
Foi-lhe comunicado que o empréstimo seria concedido logo que ele pudesse apresentar o título de propriedade original da parcela da propriedade que estava a ser oferecida como garantia.
O advogado levou três meses para seguir a pista do título de propriedade datado de 1803.
Depois de enviar as informações para o Banco, recebeu a seguinte resposta.

"Após a análise do seu pedido de empréstimo, notámos que foi apresentada uma certidão do registo predial. Cumpre-nos elogiar a forma minuciosa do pedido, mas é preciso salientar que o senhor tem apenas o título de propriedade desde 1803. Para que a solicitação seja aprovada, será necessário apresentá-lo com o registo anterior a essa data. "

Irritado, o advogado respondeu da seguinte forma:

"Recebemos a vossa carta respeitante ao processo nº.189156. Verificámos que os senhores desejam que seja apresentado o título de propriedade para além dos 194 anos abrangidos pelo presente registo. De facto, desconhecíamos que qualquer pessoa que fez a escolaridade neste país, particularmente aqueles que trabalham na área da propriedade, não soubesse que a Luisiana foi comprada, pelos E.U à França, em 1803.

Para esclarecimento dos desinformados burocratas desse Banco, informamos que o título da terra da Luisiana antes dos E.U. terem a sua propriedade foi obtida a partir da França, que a tinha adquirido por direito de conquista da Espanha.

A terra entrou na posse da Espanha por direito de descoberta feita no ano 1492 por um capitão da marinha chamado Cristóvão Colombo, a quem havia sido concedido o privilégio de procurar uma nova rota para a Índia pela rainha Isabel de Espanha.

A boa rainha Isabel, sendo uma mulher piedosa e quase tão cautelosa com os títulos de propriedade como o vosso Banco, tomou a precaução de garantir a bênção do Papa, ao mesmo tempo em que vendia as suas jóias para financiar a expedição de Colombo.

Presentemente, o Papa - isso temos a certeza de que os senhores sabem - é o emissário de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e Deus - é comummente aceite - criou este mundo. Portanto, creio que é seguro presumir que Deus também foi possuidor da região chamada Luisiana. Deus, portanto, seria o primitivo proprietário e as suas origens remontam a antes do início dos tempos, tanto quanto sabemos e o Banco também.
Esperamos que, para vossa inteira satisfação, os senhores consigam encontrar o pedido de crédito original feito por Deus.

Agora, que está tudo esclarecido, será que podemos ter o nosso empréstimo? Que diabo!!!"

O empréstimo foi concedido.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ofício de intensidade e calma


Um ofício que fosse de intensidade e calma
e de um fulgor feliz


E que durasse
com a densidade ardente e contemporâneo
de quem está no elemento aceso e é a estatura
da água num corpo de alegria

E que fosse fundo
o fervor de ser a metamorfose da matéria
que já não se separa da incessante busca
que se identifica com a concavidade originária
que nos faz andar e estar de pé
expostos sempre à única face do mundo

Que a palavra fosse sempre a travessia
de um espaço em que ela própria fosse aérea
do outro lado de nós e do outro lado de cá
tão idêntica a si que unisse o dizer e o ser
e já sem distância e não-distância nada a separasse
desse rosto que na travessia é o rosto do ar e de nós próprios

António Ramos Rosa,
"Poemas Inéditos"

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O cais do 730º dia


Hoje é o 730 º dia.
Da Magnólia
Faz dois anos que a plantei.
Foi a 6.
Do 2 º dia do mês do Carnaval.
Sem máscara.
Com junquilhos.
E muita hera.
E tem crescido.
A olhos vistos.
A seiva é branda,
no encanto de seis mãos.


Um abraço a nós, G. e P.
Aos magnólicos E ...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O tempo segundo La Palisse


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Os problemas deles


Era este o texto escrito por Mário Crespo, que foi recusado pelo JN.


O Fim da Linha
Mário Crespo



Terça-feira dia 26 de Janeiro.

Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A visita anual do Tio OSCAR




Acabadas de anunciar as nomeações para dia 7/3.
Ei-las:

Actor in a Leading Role
Jeff Bridges in “Crazy Heart”
George Clooney in “Up in the Air”
Colin Firth in “A Single Man”
Morgan Freeman in “Invictus”
Jeremy Renner in “The Hurt Locker”

Actor in a Supporting Role
Matt Damon in “Invictus”
Woody Harrelson in “The Messenger”
Christopher Plummer in “The Last Station”
Stanley Tucci in “The Lovely Bones”
Christoph Waltz in “Inglourious Basterds”

Actress in a Leading Role
Sandra Bullock in “The Blind Side”
Helen Mirren in “The Last Station”
Carey Mulligan in “An Education”
Gabourey Sidibe in “Precious: Based on the Novel ‘Push’ by Sapphire”
Meryl Streep in “Julie & Julia”

Actress in a Supporting Role
Penélope Cruz in “Nine”
Vera Farmiga in “Up in the Air”
Maggie Gyllenhaal in “Crazy Heart”
Anna Kendrick in “Up in the Air”
Mo’Nique in “Precious: Based on the Novel ‘Push’ by Sapphire”

Animated Feature Film
“Coraline” Henry Selick
“Fantastic Mr. Fox” Wes Anderson
“The Princess and the Frog” John Musker and Ron Clements
“The Secret of Kells” Tomm Moore
“Up” Pete Docter

Art Direction
“Avatar” Art Direction: Rick Carter and Robert Stromberg; Set Decoration: Kim Sinclair
“The Imaginarium of Doctor Parnassus” Art Direction: Dave Warren and Anastasia Masaro; Set Decoration: Caroline Smith
“Nine” Art Direction: John Myhre; Set Decoration: Gordon Sim
“Sherlock Holmes” Art Direction: Sarah Greenwood; Set Decoration: Katie Spencer
“The Young Victoria” Art Direction: Patrice Vermette; Set Decoration: Maggie Gray

Cinematography
“Avatar” Mauro Fiore
“Harry Potter and the Half-Blood Prince” Bruno Delbonnel
“The Hurt Locker” Barry Ackroyd
“Inglourious Basterds” Robert Richardson
“The White Ribbon” Christian Berger

Costume Design
“Bright Star” Janet Patterson
“Coco before Chanel” Catherine Leterrier
“The Imaginarium of Doctor Parnassus” Monique Prudhomme
“Nine” Colleen Atwood
“The Young Victoria” Sandy Powell

Directing
“Avatar” James Cameron
“The Hurt Locker” Kathryn Bigelow
“Inglourious Basterds” Quentin Tarantino
“Precious: Based on the Novel ‘Push’ by Sapphire” Lee Daniels
“Up in the Air” Jason Reitman

Documentary (Feature)
“Burma VJ” Anders Østergaard and Lise Lense-Møller
“The Cove” Nominees to be determined
“Food, Inc.” Robert Kenner and Elise Pearlstein
“The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers” Judith Ehrlich and Rick Goldsmith
“Which Way Home” Rebecca Cammisa

Documentary (Short Subject)
“China’s Unnatural Disaster: The Tears of Sichuan Province” Jon Alpert and Matthew O’Neill
“The Last Campaign of Governor Booth Gardner” Daniel Junge and Henry Ansbacher
“The Last Truck: Closing of a GM Plant” Steven Bognar and Julia Reichert
“Music by Prudence” Roger Ross Williams and Elinor Burkett
“Rabbit à la Berlin” Bartek Konopka and Anna Wydra

Film Editing
“Avatar” Stephen Rivkin, John Refoua and James Cameron
“District 9” Julian Clarke
“The Hurt Locker” Bob Murawski and Chris Innis
“Inglourious Basterds” Sally Menke
“Precious: Based on the Novel ‘Push’ by Sapphire” Joe Klotz

Foreign Language Film
“Ajami” Israel
“El Secreto de Sus Ojos” Argentina
“The Milk of Sorrow” Peru
“Un Prophète” France
“The White Ribbon” Germany

Makeup
“Il Divo” Aldo Signoretti and Vittorio Sodano
“Star Trek” Barney Burman, Mindy Hall and Joel Harlow
“The Young Victoria” Jon Henry Gordon and Jenny Shircore

Music (Original Score)
“Avatar” James Horner
“Fantastic Mr. Fox” Alexandre Desplat
“The Hurt Locker” Marco Beltrami and Buck Sanders
“Sherlock Holmes” Hans Zimmer
“Up” Michael Giacchino

Music (Original Song)
“Almost There” from “The Princess and the Frog” Music and Lyric by Randy Newman
“Down in New Orleans” from “The Princess and the Frog” Music and Lyric by Randy Newman
“Loin de Paname” from “Paris 36” Music by Reinhardt Wagner Lyric by Frank Thomas
“Take It All” from “Nine” Music and Lyric by Maury Yeston
“The Weary Kind (Theme from Crazy Heart)” from “Crazy Heart” Music and Lyric by Ryan Bingham and T Bone Burnett

Best Picture
(pela 1ª vez, são 10 filmes)
“Avatar” James Cameron and Jon Landau, Producers
“The Blind Side” Nominees to be determined
“District 9” Peter Jackson and Carolynne Cunningham, Producers
“An Education” Finola Dwyer and Amanda Posey, Producers
“The Hurt Locker” Nominees to be determined
“Inglourious Basterds” Lawrence Bender, Producer
“Precious: Based on the Novel ‘Push’ by Sapphire” Lee Daniels, Sarah Siegel-Magness and Gary Magness, Producers
“A Serious Man” Joel Coen and Ethan Coen, Producers
“Up” Jonas Rivera, Producer
“Up in the Air” Daniel Dubiecki, Ivan Reitman and Jason Reitman, Producers

Short Film (Animated)
“French Roast” Fabrice O. Joubert
“Granny O’Grimm’s Sleeping Beauty” Nicky Phelan and Darragh O’Connell
“The Lady and the Reaper (La Dama y la Muerte)” Javier Recio Gracia
“Logorama” Nicolas Schmerkin
“A Matter of Loaf and Death” Nick Park

Short Film (Live Action)
“The Door” Juanita Wilson and James Flynn
“Instead of Abracadabra” Patrik Eklund and Mathias Fjellström
“Kavi” Gregg Helvey
“Miracle Fish” Luke Doolan and Drew Bailey
“The New Tenants” Joachim Back and Tivi Magnusson

Sound Editing
“Avatar” Christopher Boyes and Gwendolyn Yates Whittle
“The Hurt Locker” Paul N.J. Ottosson
“Inglourious Basterds” Wylie Stateman
“Star Trek” Mark Stoeckinger and Alan Rankin
“Up” Michael Silvers and Tom Myers

Sound Mixing
“Avatar” Christopher Boyes, Gary Summers, Andy Nelson and Tony Johnson
“The Hurt Locker” Paul N.J. Ottosson and Ray Beckett
“Inglourious Basterds” Michael Minkler, Tony Lamberti and Mark Ulano
“Star Trek” Anna Behlmer, Andy Nelson and Peter J. Devlin
“Transformers: Revenge of the Fallen” Greg P. Russell, Gary Summers and Geoffrey Patterson

Visual Effects
“Avatar” Joe Letteri, Stephen Rosenbaum, Richard Baneham and Andrew R. Jones
“District 9” Dan Kaufman, Peter Muyzers, Robert Habros and Matt Aitken
“Star Trek” Roger Guyett, Russell Earl, Paul Kavanagh and Burt Dalton

Writing (Adapted Screenplay)
“District 9” Written by Neill Blomkamp and Terri Tatchell
“An Education” Screenplay by Nick Hornby
“In the Loop” Screenplay by Jesse Armstrong, Simon Blackwell, Armando Iannucci, Tony Roche

“Precious: Based on the Novel ‘Push’ by Sapphire” Screenplay by Geoffrey Fletcher
“Up in the Air” Screenplay by Jason Reitman and Sheldon Turner

Writing (Original Screenplay)
“The Hurt Locker” Written by Mark Boal
“Inglourious Basterds” Written by Quentin Tarantino
“The Messenger” Written by Alessandro Camon & Oren Moverman
“A Serious Man” Written by Joel Coen & Ethan Coen
“Up” Screenplay by Bob Peterson, Pete Docter, Story by Pete Docter, Bob Peterson, Tom McCarthy

Caminhos


Gosto do caminho da vida simples
Por entre artemísias na bruma e grutas pedregosas
O meu sentir selvagem distende-se e acalma
Há muito companheiro das brancas nuvens ocioso
Não desejo o caminho do mundo
Sua paixão não me atrai
À noite sento-me sozinho num leito de pedras
A lua redonda sobe a Montanha Fria

O vagabundo do Dharma - 25 poemas de Han-Shan, trd. Ana Hatherly

Han Shan- monge budista -s.VII