segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

paz



Norah Jones – Peace

There's a place that I know where the sycamores grow
And daffodils have their fun
Where the cares of the day seems to slowly fade away
And the glow of the evening sun
Peace when the day is done

If I go there real late, let my mind meditate on everything to be done
If I search deep inside, let my conscience be my guide
Then the answers are sure to come
Don't have to worry none

When you find a piece of mind
Leave you worries behind
Don't say that it can't be done
With a new point of view
Life's true meaning comes to you
And the freedom you seek is one
Peace is for everyone
Peace is for everyone
Peace is for everyone

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O amor é uma pomba louca



AMOUR de Michael Haneke transporta-nos para o ocaso das vidas que se passam defronte a nós, dentro de nós, como passaportes de uma mortalidade que se crê vâ e melancólica, sempre à espera do fechar da cortina, do final do concerto de Shubert (que se ouve lucida e exaustivamente pela tela dentro), da prisão daquela doida pomba que nos entra pelo peito dentro, pela janela fora e que não somos capazes de manter aprisionada. É um homem que ama uma mulher, musa dos seus dias, é uma mulher que ensina Bach e Beethoven a quem a quiser ouvir. É o crepúsculo dela à beira de um sorriso dele, que dela cuida como porcelana, sem querer que mais ninguém lhe toque. E dela trata, lavando-a, erguendo-a das cinzas até ao último dos recursos e da decisão mais fatal porque mais libertadora. Não há filhos ou filhas que o prendam, há apenas um suave milagre erigido do amor dos homens e das mulheres que se amam para além da vida, por altura da morte, por causa da morte feita vida ou da vida à espera da morte...

Magníficos Trintignant e Riva numa sonata de outono a ver e a rever...
Porque «sur le pont d'Avignon, on y dance!»...
Até que a morte nos reúna e nela se faça vida!

sábado, 8 de dezembro de 2012

nome

Escrevo o teu nome que sei
O teu sinal que desvenda a tua vulnerabilidade de mulher só

Rodopio a mão pela areia que brota do teu mar
E sinto as algas tocarem-me no fundo do meu peito
Aquela pomba enlouquecida
Que trazes escondida nos cabelos
Sossega, então, no meu regaço
Até à hora em que me venhas ver de novo
Ensinando-me um novo nome