sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Ódios de estimação


Apesar de angustiado (ou talvez por isso),
respondo ao repto que me foi lançado pelo outro tratador da magnólia.
Fui ensinado a amar, a gostar.
Mas, como humano, também não sou estranho a alguns rancores de estimação.
Conseguirei enumerá-los?
Tentarei.

Vejamos:

Não gosto de hospitais (está claro)
Não gosto das películas plásticas que envolvem os DVD e os CD
Não gosto de um certo major político axadrezado
Não gosto da voz do Bryan Adams
Não gosto de rap
Não gosto de mão de vaca
Não gosto do Cláudio Ramos
Não gosto dos CSI e quejandos
Não gosto de atar atacadores
Não gosto de calçar meias
Não gosto de demagogos cínicos e aristotélicos (para não lhes chamar outra coisa)
Não gosto de dedos erguidos à minha frente
Não gosto de nazis
Não gosto de cães (desculpem, não devo ser, de facto, boa pessoa, mas um trauma de infância deixou-me assim)
Não gosto de política nua e crua, dita profissional
Não gosto de tablóides
Não gosto de tertúlias cor-de-rosa
Não gosto de blogues deliberada e gratuitamente ofensivos
Não gosto de cobardes anónimos agressores em blogues
Não gosto de óleo fígado de bacalhau
Não gosto de leite
Não gosto da Melanie Griffith
Não gosto do Joaquim de Almeida
Não gosto de predadores sexuais
Não gosto de adultos maltratantes de crianças
Não gosto do perfume ANGEL
Não gosto de wrestling
Não gosto dos negócios do desporto
Não gosto de magistrados no futebol
Não gosto de Presidentes de Câmara que não deixam de aparecer, como comentadores, em programas televisivos
Não gosto de justiceiros balofos
Não gosto de abaixo-assinados de pressão
Não gosto do populismo
Não gosto de bastonários populistas
Não gosto dos outros populistas
Não gosto de filhos ingratos
Não gosto de errar letras em tEcLadOs de computador
Não gosto da Fátima Campos Ferreira
Não gosto de heavy metal
Não gosto da pretensa simplicidade da "Floribela"
Não gosto da ASAE
Não gosto das negligentes e assassinas grafias dos médicos em receituários
Não gosto que me dêem Sprite em vez de Seven Up
Não gosto de anúncios publicitários nas salas de cinema
Não gosto dos ignorantes no poder
Não gosto do pretenso elitismo das classes televisivas (os ditos nossos "vips")
Não gosto de uísque
Não gosto do pretensiosismo/arrogância do MST
Não gosto do Bush
Não gosto do Sarkozy
Não gosto do Chavez
Não gosto de príncipes e princesas
Não gosto da voz do Pedro Abrunhosa (embora ame as suas letras)
Não gosto do Carrilho, da Bárbara e dos bebés Dinises
Não gosto de fanáticos
Não gosto de seitas "ditas" religiosas
Não gosto de quem invoca o nome de Deus em vão
Não gosto de burlões
Não gosto das pessoas que ingenuamente se deixam burlar
Não gosto de toques de telemóvel no cinema
Não gosto de canela
Não gosto de literatura pop light
Não gosto de insectos
Não gosto do fumo dos cigarros
Não gosto de sequelas em cinema
Não gosto de magistrados que falam alto nos comboios
Não gosto de violações do segredo de justiça
Não gosto de sopa a ferver
Não gosto de me deitar cedo
Não gosto de condutores alcoolizados
Não gosto de polícias abusadores de poder
Não gosto de calor em demasia
Não gosto de hotéis sem ar condicionado
Não gosto de água da torneira
Não gosto de irmãos desavindos
Não gosto de relógios parados
Não gosto de psicólogos com ar de mestres
Não gosto de mestres a armar aos psicólogos
Não gosto de andar de avião
Não gosto de livros vendidos em hipermercados
Não gosto de trovoadas
Não gosto de não gostar...

Para quem diz que definir é limitar, desnudo-me em demasia, não?

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