Entraram em tua casa com uma fome inabalável
E fizeram silêncio face à tua nudez de marfim
Pagaram a despesa com os tostões da cumplicidade
E atiraram-te as pedras que pesavam nas suas albardas
Ocuparam, de novo, seus públicos tronos
E levaram suas fêmeas aos banquetes da fartura
Receberam as queixas das gentes esfaimadas
E comeram as uvas que os outros colheram
Pensaram, ludicamente, no Corpo
E bateram à porta de Madalena...
Mas Madalena já não estava lá:
Tinha ido para a Montanha!
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