sábado, 23 de fevereiro de 2008

Sem Pontes


Sinto o cheiro do mar a invadir-me as narinas.
Embriagado pelo aroma entrego-me ao vento que me leva sobre as ondas.
Estendo-me na areia,
e deixo o meu corpo esfregar o cansaço na carícia dura dos grãos.
O sol purifica-me os poros,
e o beijo quente do astro provoca-me tremuras de emoção.
E na água mergulho deixando-me abraçar pelos frios e espumosos braços salinos.
À natureza me entrego num cio estonteante.
A minha nudez passiva recebe os ímpetos e furores de uma natureza bela e pura.
E nesta simbiose, encontro-me novamente.
E volto ao rochedo onde contemplo, sereno, um espaço real.
E sonho então…

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