segunda-feira, 31 de março de 2008

Certas Mortes, só em certas cidades (que o diga a Bond Girl de Casino Royal)






«Porém, aquele dia que começara de uma forma tão fogosa e festiva transformou-se miticamente. Donde viera aquela branda vibração subitamente tão suave e significativa, como se fosse um murmúrio das altas esferas, e que brincava com as suas têmporas e os seus ouvidos? Nuvenzinhas brancas dispostas em bandos no céu pareciam rebanhos divinos a pastar. Um vento mais forte levantou-se e então passaram os cavalos de Poseidon empinando-se e entre eles novilhos pertencentes ao deus dos caracóis azulados que corriam berrando com os cornos baixos. Entre as rochas de uma praia distante, as ondas saltitavam como cabras. Um mundo divinamente desfigurado, onde reinava o deus Pã, envolvia o homem fascinado e o seu coração fantasiava suaves fábulas»

In " A Morte em Veneza" de Thomas Mann

4 comentários:

Anónimo disse...

«A glória do mundo é transitória, e não é ela que nos dá a dimensão da nossa vida - mas a escolha que fazemos de seguir a nossa Lenda Pessoal, acreditar nas nossas utopias e lutar pelos nosssos sonhos.
Somos todos protagonistas das nossas vidas, e muitas vezes são os heróis anónimos que deixam marcas mais profundas».

Paulo Coelho

Bom dia a todos, Eu

Anónimo disse...

A força dos elementos é sempre algo de pavoroso, místico e deslumbrante.
Bem hajas Gui, por nos brindares com tão belo trecho.
Um Bj.
Maré.

Anónimo disse...

Ao som de Mahler.
Que c'est triste Venice...
Da C. (não EV)

Anónimo disse...

Parece que actualmente não há gondolas em Veneza...
Motivo para vencer a ceifeira, não ?
Bj.
C.