Nasci porque queria ser como o meu pai (Samuel Lin, 11 anos)
Um pai é alguém que pode fazer aquilo que te diz para não fazeres (Paul Raiche, 10 anos)
Um pai serve para fazer de borboleta na peça de teatro da escola (Robin, 11 anos)
Já diziam os maias:
Num bebé assenta o futuro do mundo.
Um pai é alguém que pode fazer aquilo que te diz para não fazeres (Paul Raiche, 10 anos)
Um pai serve para fazer de borboleta na peça de teatro da escola (Robin, 11 anos)
Já diziam os maias:
Num bebé assenta o futuro do mundo.
A mãe deve segurá-lo apertadinho para que ele saiba que este é o seu mundo.
Mas o pai deve levá-lo à mais alta montanha para que ele possa ver como é o seu mundo
Depois de obedecer à lei da natureza, um homem é chamado a ser sensato, gentil, paciente, amoroso, juiz, árbitro, pediatra, educador infantil, perito financeiro, consertador de brinquedos, fonte de toda a sabedoria, artista.
Por vezes, a ser PAI.
Aos vinte anos vestiu o fato da paternidade, enchumaçou os ombros, cresceu em altura, ficou com a voz mais grave para se adequar ao papel.
Depois de obedecer à lei da natureza, um homem é chamado a ser sensato, gentil, paciente, amoroso, juiz, árbitro, pediatra, educador infantil, perito financeiro, consertador de brinquedos, fonte de toda a sabedoria, artista.
Por vezes, a ser PAI.
Aos vinte anos vestiu o fato da paternidade, enchumaçou os ombros, cresceu em altura, ficou com a voz mais grave para se adequar ao papel.
Nunca lhe vi a maquilhagem ou a cabeleira postiça quando lhe segurava a mão.
Com a exacta medida e compasso dos passos do pai
Anda o filho,
Ecos e entoações da voz de seu pai
Ouvem-se quando o filho fala.
Outrora quando a mesa era alta,
E as pernas da cadeira uma floresta
Ele absorvia o sorriso do pai e cuidadosamente imitava
a maneira como ele estava de pé.
Foi sendo exilado aos poucos, com orgulho e com remorso,
nalgumas coisas melhor que o seu pai, noutras pior.
Entre sonatas e canções de embalar cantadas em tom de firmeza e ternura,
e numa altura em que passou a ter capacidade para escolher, entre estranhos,
ele sorri com o sorriso hesitante de seu pai
E fala com a voz dele...
Ao Pai J., meu herói...
Ao Pai que eu nunca fui...
Com a exacta medida e compasso dos passos do pai
Anda o filho,
Ecos e entoações da voz de seu pai
Ouvem-se quando o filho fala.
Outrora quando a mesa era alta,
E as pernas da cadeira uma floresta
Ele absorvia o sorriso do pai e cuidadosamente imitava
a maneira como ele estava de pé.
Foi sendo exilado aos poucos, com orgulho e com remorso,
nalgumas coisas melhor que o seu pai, noutras pior.
Entre sonatas e canções de embalar cantadas em tom de firmeza e ternura,
e numa altura em que passou a ter capacidade para escolher, entre estranhos,
ele sorri com o sorriso hesitante de seu pai
E fala com a voz dele...
Ao Pai J., meu herói...
Ao Pai que eu nunca fui...
4 comentários:
César vou "furtar" (tão técnico não é ?...irrito-me comigo quaqndo isto acontece e agora não apago. Poderia dizer como todos vou "roubar")este texto teu para o meu pai também. Que amo e tudo merece. E ao pai que nunca fui também. Obrigado por não apresentares queixa.
P. posso e gostava de mostrar-te os meus filhos, para que os sintas não como teus mas mas como filhos do 11. E assim pela proximidade talvez preveres os filhos que podias ter tido.
Não tenho outro consolo.
Quanto ao pai, resta-me chorar, e recordá-lo.
Passiflora Maré.
Furta. Rouba, Gui. E sê feliz!
Obrigado P.
Mas tenha esta questão bem resolvida dentro de mim. E é por amor que o tenho!
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