terça-feira, 25 de março de 2008

Psico


A máscara de Columbina
não consegue esconder a cor dos teus brancos e loiros caracóis
...
Face a face,
não tens coragem para te calares
Colheste os morangos nada doces de tão silvestres
que alimentaram o ovo da serpente mais venenosa do nosso Ego
Tocaste a flauta encantada para pálidas marionetes
que só sabem sorrir em noites opacas de Verão
Entraste dentro de nós na hora em que os lobos uivaram
os caçadores fugiram da estepe
e os amantes adúlteros olharam para o relógio
e decidiram voltar para casa
...
O disfarce de Arlequim não consegue dissimular as tuas sentidas lágrimas,
as mesmas que vertemos quando decidiste partir para o sétimo Céu,
acompanhado pelo Michelangelo,
que contigo filmará infindáveis sonatas de outono e eclipses solares,
noutra tela, noutro palco, noutra pele...
...
("- Alexander, onde está Fanny?
- Dentro de mim!")

2 comentários:

Anónimo disse...

Sem palavras. Gostei da miscelânea fílmica e da evocação dos dois mestres do Cimena de Autor - Bergman e Antonioni.
Morreram no mesmo dia, horas poucas separaram as suas mortes...

Anónimo disse...

F A B U L O S O!
Porque não escreve?
Tem algo publicado?