Na geometria da nudez, encontro, fatalmente, o equilíbrio entre o macho e a fêmea, eternos pulsores da mudança. Quem não o é, alguma vez na vida, nem que por um minuto só? Isso mesmo, nu. Despojados, o homem e a mulher vestem-se de cimento e só assim respiram normalidade. Porquê? Reconstruir é, no fundo, despir. Não é?
Os dias e as noites passam por mim, pelo caule que me acrescenta, pela corola que me sossega. A flor que sou nunca me cansou. Só a pressa com que me escapo, sem saber para quem cresco sem lembrar de quem me pega sem amaldiçoar quem pela raiz me arrancou sem agradecer a quem, enfim, tardiamente me regou...
1 comentário:
Na geometria da nudez, encontro, fatalmente, o equilíbrio entre o macho e a fêmea, eternos pulsores da mudança.
Quem não o é, alguma vez na vida, nem que por um minuto só?
Isso mesmo, nu.
Despojados, o homem e a mulher vestem-se de cimento e só assim respiram normalidade.
Porquê?
Reconstruir é, no fundo, despir.
Não é?
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