quarta-feira, 16 de abril de 2008

Processos com Pessoas dentro



Brasília, Supremo Tribunal Federal



Dança. Recriação livre. Perdidos e Desesperados.
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Senhor, as muralhas de papel da minha secretária…
Como posso ignorá-las?
Nelas, há uma mãe que grita o seu filho morto.
E uma outra que desespera alimentos para os seus filhos.
Há também uma mulher perpetuamente queimada pelo cigarro do seu homem e que contra ele há-de cometer homicídio.
E um homem que há-de suicidar-se por ter cometido conjicídio.
E um outro, que esconde os alimentos aos filhos, por avareza e malvadez...
E um jovem que há-de matar uma prostituta, por ela não o satisfazer?!
Senhor, como posso ignorá-las?
E como posso compreendê-las?
Ajudai-me, Senhor, a ponderá-las.

8 comentários:

marrafinha disse...

E por detrás dessa secretária há uma grande Mulher capaz de resolver todos esses acontecimentos funestos.
Mulher dedicada a seus filhos, tal qual um animal selvagem que protege as suas cias.
Como eu compreendo esse teu instinto, agora que ele começa a despontar em mim.
Astral para cima

Guilherme Salem disse...

Mas não há sempre pessoas dentro dos processos ? umas melhores que outras, claro, algumas verdadeiramente horriveis...mas sempre gente...e que gente...a todos os níveis possíveis da espécie humana

Guilherme Salem disse...

Esqueci de dizer Maré...gostei das fotos...muito.

Anónimo disse...

Como já tive oportunidade de dizer antes, é por elas... só por elas que vale a pena lá estar!
Força, muita força...

Eu

Anónimo disse...

Muito bonito...
Eu ás vezes acho que os processos têm gente a mais lá dentro e há gente com processos a mais (será que me fiz entender ?)e fantasio com um dia em que um qualquer acto radical de expurgação e redenção transforme os processos numa suave forma de comunicação, sem básicos a entorpecer a relação emissor/receptor...
Bem, está um pouco filosófico, mas não posso ser clara...
Bj.
C. (EN)

Passiflora Maré disse...

Os básicos quando não são sublimes só estorvam.
Mas de qualquer dos modos são sempre acessórios.

Anónimo disse...

como?

Passiflora Maré disse...

Talvez aquele "como?" me tenha incomodado.
É que já muitas vezes na vida os tais básicos, mas essencialmente os básicos sublimes, me levaram a rever os meus pontos de vista e a ver toda a situação por outra perspectiva maior e mais enriquecedora.
Há na minha vida alguns básicos sublimes e há, pelo menos, uma de entre eles a quem clamarei de "AMIGA" com todas as letras.
Paz.