Transcrevo aqui um comentário da Eva Negra, num dos últimos posts.
Pela sua oportunidade e beleza, merece este destaque.
Obrigado, C.
E a propósito da incomensurável beleza e fascínio do acto genuíno de criação e dos criadores, deixo-vos aqui um poema belíssimo, de um poeta popular brasileiro, conhecido por Zé da Luz,oficialmente Severino de Andrade e Silva, poema que foi resposta espontânea a alguém que dizia que para se falar de amor era necessário usar um português erudito
Ai Se Sêsse
"Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pró ceú nós assubisse?
Mas porém se acontecesse que São Pêdo
não abrisse as portas do céu
e fosse te dizê quarqué tulice?
E se eu me arriminasse
e tu comigo insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caisse
e o céu furado arriasse
e as virge tõdas fugisse!!!"
5 comentários:
Também amei César...
Já me apossei dele...
Beijo*
Bem, quanta honra e quanto regozijo ver um comentário meu no "frontespício Magnólico", passe o prazer, que é sempre intenso, mesmo nos "bastidores".
Gostei que tivesses gostado ( esta coisa da partilha do que cada um de nós acha belo temsempre algo de sublime - é aquilo de querer que o outro sinta o mesmo que nós sentimos, para assim sentirmos mais...).
Bj.
C. (EN)
Também gostei muito E.N.
A intensidade e a beleza do amor dispensa, de todo, a erudição a quem dele quer falar.
Obrigada pela partilha.
Um beijo
F.S.
Gostei essencialmente da ternura e dádiva, implícitas.
Grande, Grande, GRANDE EVA. Do melhor!!!!
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