Encontramo-nos no meio do caminho. De comum tínhamos o olhar extasiado, pelo outro, o desconhecido, e a intelegência de cada um gritada pelos amigos comuns. Ele exteriormente difundia tintas em tela e codificava palavras em papel. Por dentro era uma pedra. Não sabia o que havia de fazer consigo. Atreveu-se a olhar-me. Lançou uma âncora que se escondeu dentro de mim. Nunca mais o pude abandonar. Amei muito uma pedra. Não me disse palavras indicando como conquistá-lo, nem me deu mapas ou bússolas com caminhos ou direcções que levassem a ele. Entregou-se-me sem leme, nem medo. Sem saber nada de amor ou de mim. E eu que já estava perdida comigo, levei-o, com a paixão de quem se quer salvar a si e ao olhar onde se perde. E durante anos encontramo-nos e desencontramo-nos muitas vezes. Hoje amo um diamante. Deixei de poder ser água. Já não sou a mulher do leme. Sou apenas a sua companheira. Que dele não pode retirar o olhar.
Só assim vale a pena... Vou onde me leva o coração... nem que seja contra uma parede... No caminho, acreditando, posso encontrar o código que me deixe entrar na passagem secreta... Acho que é o que pensam todos os amantes...
E não é que me tinha escapado este momento altíssimo deste blogue?!! O "post" está simplesmente belo mas a resposta não lhe ficou atrás! Parabéns aos dois. Bjs
Os dias e as noites passam por mim, pelo caule que me acrescenta, pela corola que me sossega. A flor que sou nunca me cansou. Só a pressa com que me escapo, sem saber para quem cresco sem lembrar de quem me pega sem amaldiçoar quem pela raiz me arrancou sem agradecer a quem, enfim, tardiamente me regou...
5 comentários:
Encontramo-nos no meio do caminho.
De comum tínhamos o olhar extasiado, pelo outro, o desconhecido, e a intelegência de cada um gritada pelos amigos comuns.
Ele exteriormente difundia tintas em tela e codificava palavras em papel.
Por dentro era uma pedra.
Não sabia o que havia de fazer consigo. Atreveu-se a olhar-me.
Lançou uma âncora que se escondeu dentro de mim.
Nunca mais o pude abandonar.
Amei muito uma pedra.
Não me disse palavras indicando como conquistá-lo, nem me deu mapas ou bússolas com caminhos ou direcções que levassem a ele.
Entregou-se-me sem leme, nem medo.
Sem saber nada de amor ou de mim.
E eu que já estava perdida comigo, levei-o, com a paixão de quem se quer salvar a si e ao olhar
onde se perde.
E durante anos encontramo-nos e desencontramo-nos muitas vezes.
Hoje amo um diamante.
Deixei de poder ser água.
Já não sou a mulher do leme.
Sou apenas a sua companheira.
Que dele não pode retirar o olhar.
Só assim vale a pena...
Vou onde me leva o coração... nem que seja contra uma parede... No caminho, acreditando, posso encontrar o código que me deixe entrar na passagem secreta...
Acho que é o que pensam todos os amantes...
Continua a viver assim, intensamente... MAR com ondas fortes, decididas, envolventes, que amacia e dá sabor à pedra da falésia que abraça.
Um beijo
Z.
E não é que me tinha escapado este momento altíssimo deste blogue?!!
O "post" está simplesmente belo mas a resposta não lhe ficou atrás!
Parabéns aos dois.
Bjs
Obrigada à Z. à r. e e à Anabela.
Bj.
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