sexta-feira, 9 de maio de 2008



Para a Passiflora e sua pedra preciosa,
cultivada em junquilhos vermelhos,
dando fruto de maracujá quente,
em terra verde de aurora...

5 comentários:

Passiflora Maré disse...

Encontramo-nos no meio do caminho.
De comum tínhamos o olhar extasiado, pelo outro, o desconhecido, e a intelegência de cada um gritada pelos amigos comuns.
Ele exteriormente difundia tintas em tela e codificava palavras em papel.
Por dentro era uma pedra.
Não sabia o que havia de fazer consigo. Atreveu-se a olhar-me.
Lançou uma âncora que se escondeu dentro de mim.
Nunca mais o pude abandonar.
Amei muito uma pedra.
Não me disse palavras indicando como conquistá-lo, nem me deu mapas ou bússolas com caminhos ou direcções que levassem a ele.
Entregou-se-me sem leme, nem medo.
Sem saber nada de amor ou de mim.
E eu que já estava perdida comigo, levei-o, com a paixão de quem se quer salvar a si e ao olhar
onde se perde.
E durante anos encontramo-nos e desencontramo-nos muitas vezes.
Hoje amo um diamante.
Deixei de poder ser água.
Já não sou a mulher do leme.
Sou apenas a sua companheira.
Que dele não pode retirar o olhar.

R. disse...

Só assim vale a pena...
Vou onde me leva o coração... nem que seja contra uma parede... No caminho, acreditando, posso encontrar o código que me deixe entrar na passagem secreta...
Acho que é o que pensam todos os amantes...

Anónimo disse...

Continua a viver assim, intensamente... MAR com ondas fortes, decididas, envolventes, que amacia e dá sabor à pedra da falésia que abraça.
Um beijo
Z.

Anabela Magalhães disse...

E não é que me tinha escapado este momento altíssimo deste blogue?!!
O "post" está simplesmente belo mas a resposta não lhe ficou atrás!
Parabéns aos dois.
Bjs

Passiflora Maré disse...

Obrigada à Z. à r. e e à Anabela.
Bj.