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Enquanto Pedro agoniza
e sangra a vida nas pedras
do chão estreito da praça
na praça tonta de luz
acácias douram o dia
aves alegres revoam
na praça tonta de luz.
Pedra entre pedras a poça
dos olhos vítreos de Pedro
reflete lotes de nuvens
no latifúndio do céu.
Enquanto Pedro agoniza
e um sol perfeito resseca
o sangue espesso nas pedras
Pedro ignora que a terra
a terra amante e mãe
com leves dedos afaga
o corpo que a desejou.
Inacabado horizonte
exangue pássaro Pedro:
seu corpo é sua sina
de pedra a mão campesina
Seu corpo é sua sina
de pedra a mão campesina.
Ademir Braz, Elegia de Verão.
1 comentário:
Um amarelo lindo.
Uma amerelo-Verão.
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