Nesta cadeira me sento,
é nela que me apresento,
mas menos do que me ausento,
tento, lamento, avelhento,
aqui me invento e rebento;
passo cordura de unguento
e alimento o alento
da vida de sono e pão.
Desta cadeira prossigo
para um outro nó pascigo,
já sem perigo nem abrigo,
amigo como inimigo,
com meu já perdido um
bigode só nascer por castigo:
ali de vez eu te irrigo,
cintilante coração.
(Pedro Tamen)
1 comentário:
Admirável a junção das palavras ás fotos.
Brilhante...
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