A rosa de Hiroshima tem já 63 anos, quase completos.
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Erasmus e a gaivota - onde o mundo assinou uma convenção (e eu estive lá)
(onde as pétalas se tocam, onde os amigos se cruzam, onde os sentidos se misturam)
Os dias e as noites da magnólia
Os dias e as noites passam por mim,
pelo caule que me acrescenta,
pela corola que me sossega.
A flor que sou nunca me cansou.
Só a pressa com que me escapo,
sem saber para quem cresco
sem lembrar de quem me pega
sem amaldiçoar quem pela raiz me arrancou
sem agradecer a quem, enfim, tardiamente me regou...
pelo caule que me acrescenta,
pela corola que me sossega.
A flor que sou nunca me cansou.
Só a pressa com que me escapo,
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Palácio da Paz na Haia (5 - 23 Novembro de 2007)
Erasmus e a gaivota - onde o mundo assinou uma convenção (e eu estive lá)
Capa e contra-capa
Dedicatória
Hoje apeteceu-me um pedaço de estrofe,
um naco de poema vadio,
uma fatia de romance de erva-doce ou de cordel.
Quero-me sensato, inquieto, imprevisível,
desassossegado na minha habitual pacatez,
metafórico,
feito daquelas águas claras
que irrompem das minhas almas,
sem aviso,
sem surpresa.
Leiam-me,
decifrem-me,
soletrem-me.
E ensinem-me as mágoas das flores,
perto das magnólias
que florescem antes de dar folha.
Não me atirem correntes
mas antes gotas de chuva.
Quero a mansidão das manhãs de Outono,
a fúria dos escorpiões,
os risos surdos de Charlot,
as garças do teu sorriso, Constança.
Obrigado por estares aí.
Obrigado por estarem aí...
um naco de poema vadio,
uma fatia de romance de erva-doce ou de cordel.
Quero-me sensato, inquieto, imprevisível,
desassossegado na minha habitual pacatez,
metafórico,
feito daquelas águas claras
que irrompem das minhas almas,
sem aviso,
sem surpresa.
Leiam-me,
decifrem-me,
soletrem-me.
E ensinem-me as mágoas das flores,
perto das magnólias
que florescem antes de dar folha.
Não me atirem correntes
mas antes gotas de chuva.
Quero a mansidão das manhãs de Outono,
a fúria dos escorpiões,
os risos surdos de Charlot,
as garças do teu sorriso, Constança.
Obrigado por estares aí.
Obrigado por estarem aí...
4 comentários:
Tanta elegia ao fotógrafo e nem uma palavra para Hiroshima!
Post oportuno numa altura em que o perigo nuclear tende a ser branqueado...
NO NUKES!
Sam
A Hiroshima não devia ser lembrada só no dia 06.08.
As bombas de Hiroshima e Nagasaki devem ser lembradas todos os dias, sobretudo porque a cada dia que passa está mais difícil e perigoso viver neste nosso planeta azul.
Mas isto parece de tal forma armadilhado que não se vê como sair daqui. Os valores morais, o peso das religiões, os países que detêm os stocks de energia, a globalização e a cruzada contra o Ocidente. E este que se cuide porque estamos, mais que em mudança de ciclo, em mudança de paradigma.
O Estado de direito Ocidental, tal como o concebemos, não terá condições para sobreviver aos que aproveitam as suas fraquezas.
E à escala global aparecem diariamente novos ditadores, arrogantes, destemidos, impreparados, com o fim único de afirmar as suas cores perante o mundo.
O Nuclear ficou acessível a qualquer país (ou grupo) dominado por com gente sem escrúpulos e muito dinheiro.
Já se descobriu gelo em Marte o que pode ser um destino a prazo para o que restar do se seguirá às escaramuças que se adivinham embora não vá ser fácil arranjar um bilhetinho.
Está a ficar perigoso viver na Terra.
PS Hiroshima, 6 de Agosto; Nagasaki 9 de Agosto. Lembremos e respeitemos as vítimas.
A propósito do fotógrafo Henri Cartier-Bresson, cada coisa no seu sítio, soberbo!
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