domingo, 5 de outubro de 2008

As cores da miséria.










O que não consta das imagens?
Os gritos que se ouviram ao captá-las.
Os cheiros que percorriam os locais.
Os amores e ódios que se viviam
e que afectavam os residentes,
como o sol a pino em tardes de Verão.
A fealdade da miséria e a beleza das crianças!
As águas fétidas que escorriam sem esgoto.
A sujidade, a desarmonia, a injustiça, a exclusão.
Os sussurros dos escondidos, os medos dos criminosos,
o desespero dos sensíveis, a vanglória dos broncos.
A submissão dos pobres
e fracos
e doentes...


3 comentários:

Anónimo disse...

Mas já reparaste, P, como há sempre alguma beleza na desconstrução ? As fotografias são belas, enquanto tais.
E certamente haverá a beleza dos afectos das pessoas que aqui criam raizes e que, como é hábito ( e nós, privilegiados, não queremos entender), daraõ a sua vida pela sua "casinha", o seu palácio.

E olha, consegues sempre surprender...esse teu tique de eclética...

Bj.
C(EN)

Guilherme Salem disse...

AHHH....C (EN) já disseste tudo.
Pronto, limito-me a assinar por baixo.
G.

Passiflora Maré disse...

Obrigada a ambos e beijos.