O mar já não era para mim suficiente.
Fazia-me falta um rio um rio sob sombra das árvores.
É difícil a meio da música suportar a luz do café.
(...)
(...)
A vila o canto longínquo do tempo deixa-me para sempre.
É pouco.
Nas dunas crescem as flores novas.
(...)
(...)
Importa que não haja ilusões sobre este ponto:
é que todos podemos morrer de sede em pleno mar.
(...)
(...)
Vivemos sobre a terra.
Apresento-te a nossa casa,
os nomes que damos às coisas,
as honras que nos são destinadas,
este corpo de sangue e nervos.
Sobre ele que julgamos vivo dizes minha razão.
A da vida e a de outras coisas que se percebem.
Os barcos retomam lentos o seu lugar em volta de um coração marinho...
(João Miguel Fernandes Jorge)
A caminho das cem manhãs, Manoel...
A tua vida dava um filme!
1 comentário:
E nós que, tantas vezes, nos sentimos velhos e sem forças...ou pelo menos desanimados.
Um Manoel para todos...
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