sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Dentro de mar tem rio

Simplesmente porque o mar que sentiu as minhas entranhas
estranhou o ser estar que brotava do rio mais fundo da tua Ásia Menor...
Correu para ti.
Vinha de mim, sem curar de saber direcção,
sem calar o pranto mais risonho que lhe tapava o sentido.
E foi ali, perto das tuas mãos,
que ele - ou ela - parou, estranho, exangue, espantado,
perguntando por nomes, por dias e noites, por rostos,
querendo chamar raiz a alguém,
querendo ver quem clama por si lado a lado.
Porque, afinal de contas,
dentro do rio
não pode haver mar...

À C.

1 comentário:

Anónimo disse...

É LINDO