Acordar ser na manhã de abril
a brancura desta cerejeira;
arder das folhas à raíz,
dar versos ou florir desta maneira.
Abrir os braços, acolher os ramos
o vento, a luz, ou o que quer que seja;
sentir o tempo, fibra a fibra,
a tecer o coração de uma cereja
Eugénio de Andrade «As Mãos e os Frutos», 1948.
1 comentário:
Estamos bem necessitados de flores, Passi!
Bjs
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