e o teu perfume a transpirar na minha pele.
E o corpo doeu-me onde antes os teus dedos foram aves de verão
e a tua boca deixou um rasto de canções.
No abrigo da noite,
soubeste ser o vento na minha camisola;
e eu despi-a para ti, a dar-te um coração que era o resto da vida
- como um peixe respira na rede mais exausta.
Nem mesmo à despedida foram os gestos contundentes:
tudo o que vem de ti é um poema.
Contudo, ao acordar, a solidão sulcara um vale nos cobertores
e o meu corpo era de novo um trilho abandonado na paisagem.
Sentei-me na cama e repeti devagar o teu nome,
o nome dos meus sonhos,
mas as sílabas caíam no fim das palavras,
a dor esgota as forças,
são frios os batentes nas portas da manhã.
Maria do Rosário Pedreira
Dia 8.
Festejo santo.
Dia do feminino plural.
O singular, beijo cá em casa...
Às outras, a minha homenagem
de não mais precisarem de um dia.
basta-vos uma vida!
2 comentários:
Cá vem a voz do Diabo...detesto estes dias internacionais de qualquer coisa...hoje é da mulher...bem hajam...sejam felizes e lavem muita loiça (coisa que já ninguém sabe fazer sem recurso a máquina)..e aqui fico como um machista, retrógado, e misógino...nada mais falso...mas há que dar voz a tudo... lavar louça (viram, a diferença..loiça/louça) é porreiro...basta querer (seja homem ou mulher)...e continuo a odiar estes dias internacioanis de género, ou seja do que for.
Me too, Gui!
Enviar um comentário