terça-feira, 17 de março de 2009

Nada?


Fisicamente é preciso distinguir três coisas: o vácuo, o vazio e o nada. O vácuo é um espaço não preenchido por qualquer matéria, nem sólida, nem líquida, nem gasosa, nem plasma, nem mesmo a matéria escura. Mas pode conter (isto é se o conceito de conter, puder ser aplicado aqui) campos: campo elétrico, campo magnético, campo gravitacional, luz, ondas de rádio, raios X, ou outros tipos de radiação bem como outros campos e a denominada energia escura. Pode também estar sendo atravessado pelas partículas não materiais mediadoras das interações. O vácuo possui energia e suas flutuações quânticas podem dar origem à produção de pares de partícula e anti-partícula.

O vazio seria um espaço em que não houvesse nem matéria, nem campo e nem radiação. Mas no vazio haveria ainda o espaço, isto é, a capacidade de caber algo, sem que houvesse. No Universo não existe vazio, pois todo o espaço, mesmo que não contenha matéria, é preenchido por campo gravitacional, outros campos e pela radiação que o atravessa, de qualquer espécie.

No nada não existe nem o espaço, isto é, não há coisa alguma e nem um lugar vazio para caber algo. O conceito de nada inclui também a inexistência das leis físicas que alguma coisa existente obedeceria, dentre elas a conservação da energia, o aumento da entropia e a própria passagem do tempo. Sendo o espaço o conjunto dos lugares, isto é, das possibilidades de localização, sua inexistência implica na impossibilidade de conter qualquer coisa. Isto é, não se pode estar no nada. O nada é, pois, um não-lugar.

De acordo com o modelo padrão da Cosmologia (o Big bang), o Universo surgiu de uma singularidade primordial que, no instante zero, iniciou sua expansão, gerando tudo o que existe, inclusive o tempo e o espaço. Nesta singularidade estava todo o conteúdo de matéria-energia que existe. Antes, porém, não havia coisa alguma, nem vácuo, nem energia, nem leis físicas, nem espaço vazio para se ter alguma coisa e nem mesmo o tempo decorria. Era o nada.

Por definição, quando se fala de existência se fala da existência de algo. O nada não é coisa alguma, logo não existe. O nada é um signo, uma representação linguística do que se pensa ser a ausência de tudo. O que existe são representações mentais do nada. Como uma definição ou um conceito é uma afirmação sobre o que uma coisa é, o nada não é positivamente definido, mas apenas representado, fazendo-se a relação entre seu símbolo (a palavra "nada") e a idéia que se tem da não-existência de coisa alguma. O "nada" não existe, mas é concebido por operações de mente. Esta é a concepção de Bergson, oposta à de Hegel, modernamente reabilitada por Heidegger e Sartre, de que o nada seria uma entidade de existência real, em oposição ao ser.

Matematicamente o conceito de nada é equivalente ao de "conjunto vazio", que é o conjunto que não possui elementos, mas é um elemento do conjunto dos subconjuntos de um conjunto. Assim o "nada" seria um dos elementos do "tudo", ou do Universo. Esta concepção, aplicada à física, todavia, não possui base fenomenológica sustentável.


retirado da Wikipédia na net...sim, eu sei, nada demasiado intelectual.



Beijos (sentidos e com saudade) para a Passiflora (mesmo que ela não acredite).

8 comentários:

Passiflora Maré disse...

É claro que acredito!
No que eu não acredito é no nada!
Conheço-te Jonas, uma sessão de ciência judiciária bem ridícula, e um campo de riso era o que nós semearíamos hoje mesmo, em qualquer lugar de nada e por nada.
BJ.

Passiflora Maré disse...

É claro que acredito!
No que eu não acredito é no nada!
Conheço-te Jonas, uma sessão de ciência judiciária bem ridícula, e um campo de riso era o que nós semearíamos hoje mesmo, em qualquer lugar de nada e por nada.
BJ.

Passiflora Maré disse...

É claro que acredito!
No que eu não acredito é no nada!
Conheço-te Jonas, uma sessão de ciência judiciária bem ridícula, e um campo de riso era o que nós semearíamos hoje mesmo, em qualquer lugar de nada e por nada.
BJ.

Passiflora Maré disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Guilherme Salem disse...

EU, bem sei, que acreditas. E obrigado por isso.
Um beijinho e obrigado pela recordção dessa sessão da ciência judicária e desse campo de riso que nunca secou. Bjos.

Guilherme Salem disse...

Passi...desculpa...a multiplicação dos teus comentários é culpa minha....se puder eu apago os que estão a mais...senão...desculpa e, olha, mais vale a mais que menos. Bjos

R. disse...

Gui, coincidência, acabo de publicar um post chamado... "Nada"!!!
Saudades.
Beijinhos*

Guilherme Salem disse...

Beijos R. e obrigado.
Sempre presente. Um grande abraço e beijo