Por quem os sinos dobraram,
No dia em que reservaste um quarto na pousada da sexta felicidade
Foste difamada, Joana d'Arc de um tempo sem cruzadas,
Indiscretamente,
A flor do teu cacto brilhou num Arco do Triunfo,
Sob o signo de Capricórnio
À meia luz,
Gelaste os sentidos de quem ousou amar-te com esse sorriso nórdico,
Aqueceste Casablanca, no dia em que o Stromboli vomitou lava
Misteriosa como Anastácia, tocaste sonatas de outono no teu crepúsuculo
Encantada como Helena, viajaste no Expresso do Oriente, com lugar marcado
Persistente como Golda, criaste um imério de camélias
quando, melancolicamente, choveu na Primavera
E as águias e os caranguejos decidiram acordar da sua doce letargia...
Do fundo do coração, volta depressa...
(Ingrid Bergman nasceu e morreu no mesmo dia 29 de Agosto)
1 comentário:
Breve Rainha, mas nos nossos corações para sempre...
Pelas palavras de Sophia de Mello Breyner urge,de facto, recordar mais um «Rosto perdido [mas não esquecido]
Que amargos ventos de secura em si sepultam
E que as ondas do mar puríssimas lamentam»
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