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Mergulhar as mãos nas ondas escuras
Até que elas fossem essas mãos
Solitárias e puras
Que eu sonhei ter.
Esgotei o meu mal, agora
Queria tudo esquecer, tudo abandonar
Caminhar pela noite fora
Num barco em pleno mar.
Mergulhar as mãos nas ondas escuras
Até que elas fossem essas mãos
Solitárias e puras
Que eu sonhei ter.
Sophia de Mello Breyner
3 comentários:
Excellent choix,César!
Chloé.
Belo poema ( não fosse Sophia) e bela foto...
Sophia... Eis o exemplo de uma alma indomável... There's nothing more to be said. I rest my case!
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