domingo, 24 de janeiro de 2010

As minhas horas


Sem nunca ser, mas sempre na orla do Ser
A minha cabeça, como a máscara de Morte, é transportada no Sol
A sombra apontando o dedo à minha face
Movo os lábios para saborear, mexo as mãos para tocar
Mas nunca vou mais além do tocar,
Ainda que o espírito se incline para ver.
Diante da rosa, o ouro, os olhos, uma paisagem admirada,
Os meus sentidos registam o acto de desejar,
Desejar ser rosa, ouro, paisagem ou um outro -
reclamando a plenitude no acto de amar.

Virginia Woolf

1 comentário:

Anónimo disse...

Que lindo P.

" A vida é como um sonho; é o acordar que nos mata "
Cada um tem o seu passado fechado em si, como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título
Virginia Woof
Beijinhos para a C, estamos sempre com ela .
Tenho nome de Flor