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Picasso
erra
quando pinta
e erra
quando ama.
Mas quando erra,
erra
violenta e
generosamente,
erra
com exuberante
arrogância,
erra
como o touro erra
seu papel de vítima,
sangrando
quem, por muito amar, fere
e sai ovacionado
com banderilhas na carne.
Pintor do excesso
e exuberância,
Picasso
é extravagância.
Ele erra,
mas nele,
o erro
mais que erro
- é errância.
Affonso Romano de Sant'Anna
1 comentário:
A errância é, sem dúvida, intrínseca à condição de todo aquele que encontra no seu ser e no ser dos demais, o caminho da aprendizagem. Não releva as vezes que erramos mas o que com os nossos erros aprendemos e é sempre tanto...
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