sábado, 17 de abril de 2010

Um Eu


Quando eu nasci
Ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias
Nem o Sol escureceu
Nem houve estrelas a mais…

Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
Não houve nada de novo senão eu.

As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém…

Para que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe…

(Sebastião da Gama)


lido no blog da Adelaide

1 comentário:

Anónimo disse...

"Oração de Todas as horas"
Agora,
que eu já não sei andar nas trevas,
não me roubes a tua mão, Senhor,
por piedade,
voltar às trevas não sei,
e sem a tua mão não poderei
dar um só passo em tanta Claridade.

Gosto muito! e, é do mesmo Autor
Tenho nome de Flor