segunda-feira, 17 de maio de 2010

Gaivota minha, porque não te perdeste?

Katie era uma rapariga doce,

rebelde e ousada.

calou o meu primeiro frémito de paixão

e cedo me encomendou às asas do vento

Quando nos deixou,

ficaram-me legadas as suas cinzas.

Lancei-as num dia de maré cheia

no mar entrecruzado da minha infãncia

e da minha mais rouca maçã-de-adão,

tão verde, tão dela...

E quando a cinza voou,

tomou conta dela uma alva gaivota,

serena, marcada, viva,

transformando-se Katie nessa ave do meu estandarte,

nessa peça da minha vida,

nesse eterno voo de fénix...

Nunca me morras, Katie!

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