quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cavalo à solta

Pela margem do teu corpo
corre um veloz cavalo,
senhor de muitos ais,
de mil e um trotes, de véspera vestido,
de cerimónia vendido
Está à solta.
Quem o apanha? Quem o agarra?
Mil sóis e cem sombras
tocam ao de leve na sua crina
até ao momento impassível
em que a corrida cessa, em que a queda se dá,
em que a ferida se abre...
até tu chegares
para de novo
te vestires de amazona
e soltares freios pelo canto do meu peito...

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei o poema é lindissimo e adorei o sentimento que com ele deixou.
Mas sabe P , ...as montanhas rugosas escalvadas convidarão amáveis os cavalos que as subirão sem esforço ... com doçura
Beijinhos
Tenho nome de Flor