terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Caos (requiem para a palmada?)
A ver: a palmada pedagógica é aquela palmada que sacode o pó do rabiosque dos filhos malcriados, aquela que lhes assenta que nem uma luva quando decidem querer tudo no supermercado e (ai meu Deus, como isto me irrita) desatar a guinchar se não lhe fazem a vontade, aquela que se dá depois de se ter explicado com calma que a comida não se atira para o chão e que há meninos que passam fome e a criancinha decide contribuir para a definição de abdominais dos pais e espalhar esparguete ou arroz ou carne ou peixe ou o que seja pelo chão da casa, é aquela que serve para mostrar que aos mais velhos não se levanta a voz, já se avisou, é também aquela que aparece como recurso à décima asneira cabeluda, depois de todo um tratado de psicologia debitado nas primeiras nove. A palmada pedagógica não espanca, não marca fisicamente, não traumatiza. A palmada pedagógica é um "põe-te fino" que deve soar como campainha e ajudar na hora da indecisão entre o disparate e o bom comportamento. Às vezes, a palmada pedagógica pode nem ser uma palmada, mas dormir sem história, não ver o filme de animação que se quer naquele dia e, no caso dos mais crescidos, não sair e ficar mesmo a estudar. A palmada pedagógica não faz milagres, que não faz. E admiro quem educa os filhos sem palmadas pedagógicas. Não sou especialmente mal educada (acho eu) e apanhei uma única vez na vida. Estava apaixonada pelo Apolo da novela e decidi, ao almoço, comer sopa distraída, depois de a minha mãe me ter avisado vezes sem conta. Quando acabei, tinha metade do prato da sopa no vestido e aulas à tarde. A mãe disse que eu podia escolher: ou ia assim para a escola, ou apanhava uma palmada. Eu respondi: "Podes bater, mas tira-me isto!". Foi uma sacudidela de moscas. Não doeu. Mas assinalou. E não me lembro de repetir a gracinha. O meu irmão apanhou umas quantas palmadas pedagógicas, mas tinha uns pulmões para guinchar como reconheço a poucos miúdos e uma vez mordeu um colega no braço. Além disso, gostava de ver as meias sair pela frente dos sapatos, pelo que não descansava enquanto não os rompesse à frente, recorrendo a pontapés a tudo para alcançar o seu objectivo. Ah... e até aos quatro anos não comia carne ou peixe (vomitava tudo) e só admitia fruta passada. Era tramado, o puto. Ora, a palmada pedagógica, no meu modesto entender, não faz mal nenhum a ninguém. Bem pelo contrário. Pode não resolver tudo, mas acredito que ajude alguma coisa. Quando vejo o vídeo ali em cima, pergunto-me se esta gente terá levado a palmada pedagógica. Concedo, também podem ter levado porrada de meia noite e ficado assim por isso, mas não acho tão provável. Admito como mais fiável a hipótese do "ao Deus dará", o "deixa andar" e a irritantezinha mania que o menino se traumatiza por dá cá aquela palha. Quando andava na escola, os pais dos miúdos diziam às professoras "Se ele precisar, dê-lhe uma palmada!". Hoje, em casa, devem avisar os filhos que, mesmo que a professora não precise, podem aliviar os stress fazendo-lhe a vida num inferno!. É isto que queremos?! É assim que achamos que a coisa melhora?! São estas pessoas que pretendemos ter a conviver connosco?! Gente sem rédea, sem noção de limite, sem preparação para repudiar o mal. Miúdos que cospem no chão, não dão lugar aos idosos, berram e levantam a mão a quem os contrarie, garotas que bebem como homens grandes e dizem asneiras como se o Mundo estivesse para acabar e lhes tivessem encomendado um chorrilho de insultos?! É disto que precisamos?! Há tempos, ouvimos a história deprimente do "dá-me o telemóvel, já", em que a fulana gritava, histérica, com a professora que, atentem bem na exigência, não queria que se mexesse no telemóvel durante as aulas. Depois, vários outros episódios. Agora, isto. Não sou favorável ao abaixamento da imputabilidade penal, nem tão pouco entendo que a Lei Tutelar Educativa tenha de ser profundamente alterada. Isto não é uma questão de direito. É uma questão de civismo, de educação, de formação para a cidadania. Não se resolve por decreto ou com detenções. Isto resolve-se, se é que se resolve, porque às vezes duvido, com palmadas pedagógicas. Dadas cedo, que toda a gente sabe que "burro velho não aprende"!
ASSINA a minha amiga R. do blogue Por aqui passei eu.
O visionário de Deus
Antonio Gaudí nasceu no dia 25/06/1852, provavelmente na casa identificada com o número 4 da rua de San Vicente, da cidade de Reus, província de Tarragona. Assim afirma J. F. Ràfols, primeiro biógrafo de Gaudí no início de seu livro publicado em 1929.
Muitos anos depois surgiu a hipótese do nascimento em 'mas de la Calderera', de propriedade do pai de Gaudí, em Riudoms. O único documento oficial existente de 1852 é a certidão de batismo da igreja de San Pedro de Reus, que não menciona o local do nascimento. Somente constava a informação que a criança era de fora da cidade. Por escrito, Gaudí sempre disse ser filho de Reus.
Seu pai, Francisco Gaudí Serra, de Riudoms, era um artesão, natural de Calderera, batedor de cobre, e sua mãe, Antonia Cornet Bertran, de Reus, era também de uma família original de Calderera. Deram a Gaudí os nomes de Antón, Plácido e Guillermo, em homenagem à sua mãe, ao seu padrinho e ao santo do dia, respectivamente.
No dia 10/09/1853 foi crismado também em São Pedro de Reus. Frequentou, quando adolescente, a escola do professor Francisco Berenguer de Reus, e entre 1863 e 1868 cursou a escola média nos Padres Escolapios. Juntamente com seus colegas de escola, participou como cenógrafo principiante na montagem de peças teatrais. Fez suas primeiras tentativas jornalísticas ilustrando, com gravuras, uma revista manuscrita de doze exemplares de tiragem, intitulada “El Arlequín”.
Em 1869, com grande sacrifício, Francisco Gaudí enviou a Barcelona seus filhos Francisco e Antonio para estudarem medicina, o primeiro, e arquitetura, o segundo. Francisco, que nasceu em 1851, graduou-se em 1873, mas faleceu três anos mais tarde.
Entre 1869 e 1873, Gaudí fez os cursos preparatórios no Instituto e na Faculdade de Ciências, já que somente em 1871 foi estabelecida em Barcelona a Escola Provincial de Arquitetura. Existia até então apenas uma modesta Escola de Mestres de obras nos sótãos da Casa Lonja de Mar. Em 1870, junto com dois amigos, visitou o mosteiro de Santa María de Poblet em ruínas, imaginando complexas maneiras de reutilização dos edifícios monacais.
Em Barcelona, Gaudí não conhecia ninguém e como precisava ajudar seu pai no pagamento dos seus próprios estudos, tratou de procurar trabalho entre arquitetos durante os anos de sua formação. A relação com José Fontserè Domènech, o primeiro arquiteto municipal, e seus filhos José e Eduardo, ambos Mestres de obras, permitiu-lhe iniciar o contato com alguns profissionais. Trabalhou para Fontserè nos projetos do parque da Ciudadela e o mercado del Borne.
Enquanto isso, continuava seus estudos de arquitetura na Escola que se encontrava, desde 1874, no segundo andar da nova Universidade na Gran Via, com boas notas. Apesar das afirmações de que foi um mau estudante, ele somente repetiu quatro matérias em toda a sua formação. Permaneceu mais tempo do que o normal na Escola por causa do trabalho de projetista, que exerceu simultaneamente com os estudos e com o serviço militar que iniciou em julho de 1874.
Alguma coisa sobre a sua vida privada se conhece através de uma agenda manuscrita de seus tempos de estudante; mas muito pouco, porque Gaudí não gostava de escrever. Em toda sua vida, só viu uma matéria jornalística sua publicada, em 1881. Em 08/09/1876 sua mãe faleceu, um mês depois de seu filho Francisco. Isto afetou muito a Gaudí...
Em 04/01/1878 foi aprovado nos exames finais e em 15 de março recebia o título de arquiteto. Antes já havia preparado diversos projetos para a Cooperativa Mataronesa de Don Salvador Pagès, que queria que seus operários chegassem a ser donos da fábrica, em uma tentativa socialmente avançada para aqueles tempos.
Gaudí, oriundo da revolucionária cidade de Reus, conheceu pessoas, que agora seriam consideradas como progressistas, e se interessou pelos problemas da classe operária. Diversos autores tentaram atribuir-lhe uma juventude anticlerical e anarquista, mas testemunho de companheiros de estudos desmentem essa possibilidade.
Depois de diversos projetos menores, recebeu a encomenda de projetar uma vitrine para a loja de luvas de Esteban Comella. A vitrine, de bronze, madeira e vidro foi exposta no pavilhão espanhol da Exposição Universal de Paris, de 1878. A obra fascinou a Don Eusebio Güell Bacigalupi, o rico e culto homem de negócios que se fez apresentar ao jovem arquiteto com o qual iniciou uma relação profissional e de amizade que durou quarenta anos, até a morte de Güell, em 1918.
A produção arquitetônica de Gaudí é, em grande parte, dedicada a Güell, em sua villa de Les Corts, seu palácio, sua colônia operária e seu parque, trabalhos que fez simultaneamente com a Sagrada Família, sua obra-prima.
Morreu atropelado por um eléctrico na cidade que amou.
Basílica da Sagrada Família
Esta é uma das provas de que DEUS existe.
Em Barcelona.
No Mundo inteiro.
Pela mão de um arquitecto-poeta - Anton GAUDI!
Em Barcelona.
No Mundo inteiro.
Pela mão de um arquitecto-poeta - Anton GAUDI!
quinta-feira, 19 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Limites
Esta cerca, esta porta para o ilimitado,
e porquê?
Herdámos as cercas, os cadeados, os
muros, as prisões.
Herdámos os limites. E porquê?
Porque não rejeitámos na hora de nascer o que nos concediam e o que não abarcávamos?
É que tínhamos que estar de acordo antes de ser.
Depois de ser e saber
aprende-se a cercar e a fechar.
A nossa mesquinha contribuição para o mundo é um mundo mais estreito.
O mar, Pablo Neruda
e porquê?
Herdámos as cercas, os cadeados, os
muros, as prisões.
Herdámos os limites. E porquê?
Porque não rejeitámos na hora de nascer o que nos concediam e o que não abarcávamos?
É que tínhamos que estar de acordo antes de ser.
Depois de ser e saber
aprende-se a cercar e a fechar.
A nossa mesquinha contribuição para o mundo é um mundo mais estreito.
O mar, Pablo Neruda
Os degraus
Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...
Mario Quintana
sábado, 14 de maio de 2011
Sombras na casa grande
Porque quem não viu a sombra não conhece, em verdade, a luz.
Na casa grande da vida de todos nós também...
Etiquetas:
As fotos do MAP
sexta-feira, 13 de maio de 2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Matinal (epílogo)
Partir em busca do Mundo feito de granito e de maçãs pardacentas e rubras, próprias de quem por amor se alimenta...
Não queiras o vinho que corre a rodos pela tua garganta suave, ama antes o discernimento e o medo que continuas a sentir nessa manhã que, sabes, não ser a última...
Aflige-te, Agosto, mas não fujas da cruz de te sentires!
Não queiras o vinho que corre a rodos pela tua garganta suave, ama antes o discernimento e o medo que continuas a sentir nessa manhã que, sabes, não ser a última...
Aflige-te, Agosto, mas não fujas da cruz de te sentires!
Perfeito
Porque o dia mais perfeito é aquele em que encontro gente imperfeita prestes a encantar a minha própria imperfeição, a caminho de uma desejada perfeição...
terça-feira, 10 de maio de 2011
vaGA AZul
Vaga, no Azul Amplo Solta
Vaga, no azul amplo solta,
Vai uma nuvem errando.
O meu passado não volta.
Não é o que estou chorando.
O que choro é diferente.
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
A nuvem flutua calma.
E isto lembra uma tristeza
E a lembrança é que entristece,
Dou à saudade a riqueza
De emoção que a hora tece.
Mas, em verdade, o que chora
Na minha amarga ansiedade
Mais alto que a nuvem mora,
Está para além da saudade.
Não sei o que é nem consinto
À alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto
Dor que a minha alma tem.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Vaga, no azul amplo solta,
Vai uma nuvem errando.
O meu passado não volta.
Não é o que estou chorando.
O que choro é diferente.
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
A nuvem flutua calma.
E isto lembra uma tristeza
E a lembrança é que entristece,
Dou à saudade a riqueza
De emoção que a hora tece.
Mas, em verdade, o que chora
Na minha amarga ansiedade
Mais alto que a nuvem mora,
Está para além da saudade.
Não sei o que é nem consinto
À alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto
Dor que a minha alma tem.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
sábado, 7 de maio de 2011
Crescer Ser
“Nós imaginamos um mundo onde todas as Crianças têm reconhecidos e garantidos todos os seus Direitos…”
Venho, em nome de todas as Crianças e Jovens acolhidos, convidá-lo a participar na Gala de Dança, que se irá realizar no Casino do Estoril, no Salão Preto e Prata , a 24 de Maio às 21h30m, com a participação das melhores companhias de bailado de Dança Contemporânea.
A CrescerSer depara-se com graves dificuldades financeiras, que podem vir a colocar em causa a continuação da sua - nossa - missão em prol dos direitos das crianças e jovens.
Contamos consigo e com a sua generosidade para continuar a nossa Missão.
Contamos consigo!
Contribua com 15 Sorrisos.
A CrescerSer depara-se com graves dificuldades financeiras, que podem vir a colocar em causa a continuação da sua - nossa - missão em prol dos direitos das crianças e jovens.
Contamos consigo e com a sua generosidade para continuar a nossa Missão.
Contamos consigo!
Contribua com 15 Sorrisos.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Canção
Se é para ti,
sou o ovo de cotovia à beira do caminho.
Se é para outro qualquer,
sou o pequeno pássaro que dorme numa ilha longínqua.
Canção de Madagáscar.
Versão: Herberto Helder.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Luminária
Na varanda do teu alpendre, perto da porta mais rubra da tua alma.,
quero acender a minha luz...
Por favor, não me apagues...
domingo, 1 de maio de 2011
Maternal
Uma mãe é aquela pessoa que ao ver que só ficam quatro bocados de bolo de chocolate tendo cinco pessoas à mesa, é a primeira a dizer que nunca gostou de chocolate
Um beijo eterno e terno à mãe L.
Subscrever:
Mensagens (Atom)