Se há coisa que "Tree of Life" explicita é, por um lado, um efeito de intimidação que Malick e os seus filmes são capazes de produzir - do estilo: se estamos perante algo de tão fora da normalidade, a nossa relação com isso só pode ser...extraordinária; por outro, que o cinema de Malick parece ter criado a sua liturgia e aí cristalizado, e nesse sentido "Árvore da Vida" é uma autocelebração.
Nesta nova missa os rituais são os mesmos, a câmara faz tangentes a vultos que não chegam a ser personagens (Sean Penn não chega a ser actor), e apesar das várias vozes não há contracampo.
Só ele fala.
Malick?
Deus?
UM FILME DE OUTRO MUNDO.
MAS MUITO NOSSO.
Porque sei que não houve um só momento na nossa História em que Deus se tenha sentido realmente à vontade!
1 comentário:
Fui ver neste fim de semana.
Uma Palma de Ouro não é obra do acaso.
Fabulosa fotografia, montagem algo desconcertante, história muito bem contada.
Um filme que nos faz pensar
Recomendo
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