segunda-feira, 13 de junho de 2011

Erros


A confusão a fraude os erros cometidos


A transparência perdida — o grito

Que não conseguiu atravessar o opaco

O limiar e o linear perdidos



Deverá tudo passar a ser passado

Como projecto falhado e abandonado

Como papel que se atira ao cesto

Como abismo fracasso não esperança

Ou poderemos enfrentar e superar

Recomeçar a partir da página em branco

Como escrita de poema obstinado?



Sophia

2 comentários:

Anónimo disse...

Este é o tempo
Este é o tempo
Da selva mais escura
Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura

Esta é a noite Densa de chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam

In Mar Novo
Sophia de Mello Breyner


Tenho nome de Flor

alfazema disse...

Este foi o momento do dia que parei, que reflecti, que fui eu.