quinta-feira, 14 de julho de 2011

Para sempre

Composição: Carlos Drummond de Andrade
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

2 comentários:

Anónimo disse...

Os anos , os meses , as horas que passaram já foram muitos !
O castanho amendoado dps teus olhos Mãe são o meu Outono ...no teu bosque.
Continuarei sempre a procurar as folhas que tornam a minha vida ainda maior!
Aí... onde estás não sei se já é fim de tarde mas eu sei que sabes que para mim serás SEMPRE A MINHA LUZ para os meus dias de claridade.

Mãe é Mãe SEMPRE ( lágrimas).

Tenho nome de Flor

Guilherme Salem disse...

Tão bonito....obrigado.
E obrigado, mais ainda, por nos recordares que Mãe, de facto, é uma e única e para SEMPRE..daqui à eternidade. Bjs. Gui