Em que momento a cirurgia e a arte se podem encontrar? O que
têm em comum, onde se encontram? O livro “Fios Condutores”, de João Cutileiro,
pode dar algumas dessas respostas. Dedicado “a todos os que saboreiam arte”, esta
edição exclusiva para o Centro Cirúrgico de Coimbra, reúne 42 desenhos de João
Cutileiro e tem uma edição limitada a 100 exemplares, todos numerados e
assinados pelo autor, em papel reciclado e feito à mão. Em simultâneo, esta
mesma obra tem uma versão digital, acessível no site do Centro Cirúrgico de Coimbra (www.ccci.pt), (segue versão pdf em anexo).
Na nota de abertura, o médico oftalmologista, António
Travassos demonstra as ligações que se podem estabelecer entre a cirurgia e o
desenho. (…) “O defeito e a imperfeição são a matéria da cirurgia. Nos desenhos
de João Cutileiro são a inspiração. Em ambos há vida, força e matéria. A
cirurgia exige talento e arte para corrigir o corpo perfeito e para provocar o
alívio. João Cutileiro despe as mulheres para provocar o traço. A matéria é a
mesma: o corpo» (…) Um corpo humano que, segundo José Saramago, «João Cutileiro
conhece nele o que há, porventura, de mais comovedor: a imperfeição
harmoniosa». Aos desenhos de João Cutileiro, o livro “Fios Condutores” junta um
punhado de poemas e textos de Frederico Garcia Lorca, José Saramago, Luís Vaz
de Camões e Alexandre O’Neill, entre outros.
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