sexta-feira, 12 de abril de 2013
nó
Amigo,
tu que choras uma angústia qualquer
e falas de coisas mansas como o luar
e paradas
como as águas de um lago adormecido,
acorda!
Deixa de vez
as margens do regato solitário
onde te miras
como se fosses a tua namorada.
Abandona o jardim sem flores
desse país inventado
onde tu és o único habitante.
Deixa os desejos sem rumo
de barco ao deus-dará
e esse ar de renúncia
às coisas do mundo.
Acorda, amigo,
liberta-te dessa paz podre de milagre
que existe
apenas na tua imaginação.
Abre os olhos e olha,
abre os braços e luta!
Amigo,
antes da morte vir
nasce de vez para a vida.
Manuel da Fonseca in "Poemas Dispersos".
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1 comentário:
Amigo nunca me deixes sozinha
Nunca lamentes eu não estar sempre contigo
Amigo nunca te esqueças de viver
porque o ontem já passou , o hoje está quase a acabar
E o amanhã pode não chegar
Tenho nome de Flor
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