(onde as pétalas se tocam, onde os amigos se cruzam, onde os sentidos se misturam)
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Nas horas
Há uma cama desfeita no meu peito Ninguém a vem cobrir Será vento? Será um lamento pelas horas que lá não te vi? A janela indiscreta dos teus lábios sabe a fel, Do mel da minha insônia. Vens? Por quantas portas? Por que lençóis? Sem hora marcada Com a marca das horas..
Os dias e as noites passam por mim, pelo caule que me acrescenta, pela corola que me sossega. A flor que sou nunca me cansou. Só a pressa com que me escapo, sem saber para quem cresco sem lembrar de quem me pega sem amaldiçoar quem pela raiz me arrancou sem agradecer a quem, enfim, tardiamente me regou...
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