domingo, 2 de março de 2008

Espera

Neste canto do mundo
a horas de um matinal entardecer
sinto-me perdido de todo
abismado com tudo

À minha passagem
range a madeira do estrado
que pende sobre aquele pedaço de rio
E ali
perto da água que me escapa
encontro a tua sombra
o teu preto-e-branco
a cor da tua ausência

Voltarás?
Esperarei sentado
até que a maré se volte a encher
e tu venhas até mim
montada numa anémona
dizendo-me em voz branda em voz solta:
"Levanta-te meu amor
que nada te espante
que nada te detenha
que nada te magoe
É que eu... já sou deste mar"

1 comentário:

Anónimo disse...

Voltei.
Para ti.
C.