Em cada corpo
recomeça o mundo,
mas onde então acaba este começo?
Amor não sabe mais o que é profundo,
vem da pele e respira só no verso.
Passamos a toalha pelo corpo,
com o suor a enxugar a morte:
há gotas de água fria no teu rosto,
em ti meus dedos lêem sua sorte.
Um riso nos chamou,
fulgor ou seta,
e o dia se refez sem mais promessa.
Nos meus dedos ficou a ferida aberta:
só no teu corpo o mundo recomeça.
(Luís Filipe Castro Mendes)
Post Scriptum:
Amanhã já serão os olhos, mais descansados, do C. a fazer as honras da casa.
Tentei preencher o seu espaço vazio com algo de mim e com as intermitências da dor que ora me atravessa.
Obrigada pelo odor a magnólia que me deram.
Da C.
3 comentários:
Nós é que agradecemos C.
Volta sempre, por ti ou através dele.
Gostei de te ter e sentir por aqui...
Até sempre,até já, claro ...
Bj.
C.(EN)
Até já.
A magnólia ficou mais perfumada e mais viçosa.
Beijos
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