terça-feira, 8 de abril de 2008

Os amantes



Os amantes (Les amants de Teruel)

Por dentro um do outro

caminham os amantes

desenham com seus pés

novas rotas navegantes

Por baixo o imenso mar

que nos naufrague o amor

num fado-povo

Renasce em liberdade

no canto do poeta

que morreu.

As folhas,

as folhas voam num leito de bruma

mas se a terra não fosse tão doce

onde moram os amantes

por fim

ombro em ombro nús.

Por dentro um do outro

caminham os amantes

desenham com seus pés

novas rotas navegantes

Por baixo o imenso mar

que nos naufrague o amor

num fado-povo

renasço em liberdade

e em pleno voo

navego feita em espuma...

(Mikis Théodorakis/Jacques Plante - adaptação para português por Dulce Pontes)

Salvé, Dulce!

1 comentário:

Anónimo disse...

Amo.
E só por isso sou perdoado...